Marta Temido não afasta a possibilidade de Portugal entrar novamente em confinamento

“Todos os cenários têm de estar em aberto”, frisou a ministra da Saúde. Ao contrário de vários países europeus, Portugal ainda está numa fase moderada da evolução atual da covid-19.

Marta Temido não afasta a possibilidade de Portugal entrar novamente em confinamento

A ministra da Saúde, Marta Temido, não afasta a possibilidade de Portugal confinar novamente, ao admitir que "todos os cenários têm de estar em aberto", frisando que está "tudo nas nossas mãos". Ao contrário de vários países europeus, que estão assistir a novas vagas da pandemia, Portugal ainda está numa fase moderada da evolução atual da covid-19.

Em declarações no evento de inauguração da nova Unidade de Hemodiálise do Serviço de Nefrologia em Penafiel, esta sexta-feira, Marta Temido disse que esta estabilidade deve-se a algumas regras não farmacológicas que Portugal decidiu manter – como por exemplo, o uso de proteção facial em espaços fechados -, ao contrário de outros países, que aboliram praticamente todas essas medidas.

“Neste momento, no contexto português, está em cima da mesa olhar para as medidas não farmacológicas e apelar à vacinação da população elegível”, sublinhou a governante, que, no entanto, realçou que este vírus é "novo" e por isso pode continuar a criar novas variantes. 

Questionada sobre um eventual regresso do vice-almirante Henrique Gouveia e Melo à task-force, Marta Temido deu a volta à pergunta e decidiu elogiar o desempenho do antigo coordenador, ao indicar que neste momento Portugal depara-se como outros desafios, aos quais o vice-almirante continua a cooperar de uma forma próxima com a campanha. 

Henrique Gouveia e Melo "liderou de uma forma extraordinária" a campanha nacional, tendo o país confiado "muito" no seu trabalho, sublinhou Temido no evento de inauguração da nova Unidade de Hemodiálise do Serviço de Nefrologia em Penafiel. 

"Devemos-lhe muito", frisou Marta Temido, afirmando que "temos de compreender que há novas fases, até na vida das pessoas". No entanto, a responsabilidade não passa apenas pelo o vice-almirante, mas "também parte muito daquilo que é também a adesão das pessoas à vacinação e é isso que, neste momento, nós precisamos de ter em maior quantidade", apontou a governante. 

Já esta manhã, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, também confirmou que o vice-almirante "continua intimamente ligado – e bem – ao processo através do núcleo de coordenação". 

Ainda assim, Gouveia e Melo não se imagina a regressar à task-force da vacinação, tendo rejeitado um "sebastianismo" que não seria saudável para o país. "Estarei sempre disponível enquanto militar, mas gostaria de ver a nossa sociedade a andar para a frente de outra forma: sem nenhum Sebastião, porque Sebastião é cada um de nós", disse o ex-coordenador, numa conferência no Dia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, esta quarta-feira. 

Na quarta-feira, Gouveia e Melo rejeitou regresso à task force da vacinação, rejeitando um "sebastianismo" que não seria saudável para o país. "Estarei sempre disponível enquanto militar, mas gostaria de ver a nossa sociedade a andar para a frente de outra forma: sem nenhum Sebastião, porque Sebastião é cada um de nós", disse o ex-coordenador, numa conferência no Dia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Portugal já administrou um milhão de doses da vacina contra a gripe e 450 mil de reforço contra a covid-19, revelou, esta sexta-feira, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde. Governo quer dar dose de reforço a todas as pessoas com mais de 65 anos, elegíveis, até 19 de dezembro.

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