PIB. Desconfinamento leva PIB a crescer 4,2% no terceiro trimestre

O INE explica este comportamento com o “contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB foi positivo, mas menos intenso que o observado no trimestre anterior”.

O produto interno bruto (PIB) subiu 4,2% no terceiro trimestre do ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e revelam ainda que em cadeia representou um aumento de 2,9% face ao segundo trimestre. 

“O PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de 4,2% no 3º trimestre de 2021. No trimestre anterior, a variação homóloga do PIB tinha sido 16,1%, em grande medida, devido ao forte impacto da pandemia no 2.º trimestre de 2020”, diz o gabinete de estatística. 

O INE explica este comportamento com o “contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB foi positivo, mas menos intenso que o observado no trimestre anterior”. No entanto, lembra que o contributo da procura externa líquida manteve-se negativo no 3.º trimestre,  ao verificar-se um aumento das importações de bens e serviços que esteve “ligeiramente mais pronunciado do que o crescimento das exportações de bens e serviços”. 

Já em comparação com o 2.º trimestre do ano passado, o PIB aumentou 2,9% em volume, “verificando-se um contributo positivo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB, após ter sido negativo no 2º trimestre, e um contributo positivo menos intenso da procura interna no 3.º trimestre de 2021”. E explica esta tendência: “O crescimento do PIB no 3.º trimestre de 2021 refletiu a diminuição gradual das restrições impostas pela pandemia, após dois trimestres com resultados opostos: a forte redução do PIB no 1.º trimestre (-3,3%), determinada pelo confinamento geral e um aumento de 4,4% no 2º trimestre, marcado pelo levantamento gradual das restrições à mobilidade”.

No segundo trimestre, o crescimento homólogo (face ao mesmo trimestre de 2020) do PIB foi revisto em alta para 16,2% a 23 de setembro (face a 15,5%) e, por outro lado, o crescimento em cadeia (face ao trimestre anterior) foi revisto em baixa de 0,4 pontos percentuais, para 4,5%.

Recorde-se que o Governo previa, na proposta de Orçamento do Estado para 2022, que acabou por ser chumbada, que a economia portuguesa fechasse 2021 com um crescimento de 4,8%, em linha com a previsão do Banco de Portugal.