Os ‘negacionistas’

Vão vacinar-se milhares e milhares de crianças, sem se saber exatamente o perigo que isso comporta no futuro, para precaver um risco mínimo imaginário?

Os ‘negacionistas’ são os novos hereges. Quem levante alguma dúvida sobre a eficácia das vacinas contra a covid, ou sobre a forma de contágio, ou sobre a vacinação das crianças, ou mesmo sobre certas decisões do Governo, é logo apontado com um dedo acusador: «É um negacionista!». Voltámos aos tempos da Inquisição. Não aprendemos nada com a História.

Na altura o dogma era a ‘religião’. Hoje é a ‘ciência’.

Os ‘negacionistas’ são acusados de não acreditar na ciência. Mas será mesmo? Será que nesta pandemia estamos a ser guiados por verdades científicas, irrefutáveis, ou por hipóteses mais ou menos sólidas a que a maioria dos investigadores – não todos – vai chegando? Se pensarmos bem, aquilo a que chamam ‘ciência’ tem revelado nesta questão muitas dúvidas, hesitações, avanços e recuos, dando a impressão de que tateia no escuro.

Repare-se: Uma das vacinas começou por ser recomendada só para menores de 60 anos – e a partir de certa altura, num golpe de mágica, passou a ser só administrada a maiores de 60 anos. O assunto estava mal estudado, portanto.

Todas as vacinas, no início, eram apresentadas como tendo uma imunidade entre os 80 e os 90%, e não tinham prazo de validade. Hoje sabe-se que as vacinas não impedem de modo nenhum a infeção e que o seu efeito é reduzir a gravidade da doença. E também se sabe que ao fim de alguns meses há uma redução substancial da proteção vacinal, exigindo-se uma nova dose. Agora vamos na 3ª, mas virá uma 4ª, 5ª, 6ª, etc. O presidente da Pfizer já veio dizer que a vacina contra a covid-19 terá de ser tomada todos os anos, como a da gripe.

Finalmente, soube-se que a vacinação não impede a transmissão. Ou seja, as pessoas vacinadas podem ser transmissoras do vírus. 

Tudo isto é objetivo e já foi provado pelos factos. O assunto estava, pois, insuficientemente estudado quando as vacinas começaram a ser administradas. 

Entretanto, autoflagelamo-nos porque não nos temos empenhado na vacinação das pessoas do chamado 3.º Mundo, designadamente os africanos. Mas por que razão deverá ser o Ocidente responsável pela vacinação nesses países? Noutras partes do mundo, cada país compra as suas vacinas e ministra-as. Por que razão há de ser diferente em países que quiseram a sua independência? E que, em muitos casos, têm dinheiro para isso, mas preferem comprar armas?

Também é preciso dizer que, em África, a covid não tem nem de perto nem de longe a ferocidade que revela na Europa. Como já se percebeu, há uma relação direta entre o aumento dos números da covid e o frio. Como na gripe, aliás. No Verão, aqui na Europa, os casos baixam verticalmente. A África beneficia, pois, das temperaturas elevadas que regista. Com as condições higiénicas deploráveis que existem em muitos países africanos, se a covid assumisse a mesma gravidade que tem na Europa teriam já morrido dez vezes mais pessoas.

Há quem defenda que, independentemente da questão humanitária, é do nosso próprio interesse vacinar esses países de modo a travar a pandemia e impedir que ela circule por lá – voltando à Europa, num lance de boomerang.

Ora, como já vimos, a vacinação não impede a infeção e o contágio – pelo que, sob este aspeto, o vírus continuaria a circular e não se resolveria nada. 

Constatando isto, os especialistas avançaram um novo argumento: a vacinação impediria o aparecimento de novas variantes. E apresentam como exemplo o ómicron. Sucede que sempre ouvimos dizer o contrário: que a vacinação é que proporciona novas variantes, numa adaptação do vírus à resistência dos hospedeiros. É o que sucede com o vírus da gripe, que todos os anos tem novas variantes decorrentes das altas taxas de vacinação. Em que ficamos?
 
Mas o aspeto talvez mais gritante é a vacinação das crianças. Primeiro, foi acima dos 12 anos; agora, já foi aprovada para ser acima dos 5 anos. Qual é o argumento? Ainda ninguém confrontou um responsável com uma pergunta direta: – Se as crianças em geral não têm sintomas ou têm sintomas fracos; se a vacinação não impede o contágio, porquê vaciná-las?

Ouvi alguém dizer: «Se num milhão de casos houver uma criança que morra, isso é muito. Portanto, aconselho a vacinação».

Este argumento poderia ter alguma razão de ser se a vacina não tivesse comprovadamente quaisquer efeitos secundários, designadamente a prazo. Ora isso não se sabe. Não se pode acelerar o tempo. Não se sabe o que poderá acontecer nas várias fases de crescimento por que as crianças vão passar, e onde ocorrem alterações orgânicas. 

Vão vacinar-se milhares e milhares de crianças, sem se saber exatamente o perigo que isso comporta, para precaver um risco mínimo imaginário?

Faz algum sentido?

Não estaremos perante uma daquelas situações em que o risco é infinitamente maior do que o benefício?

Nesta história da covid há demasiadas coisas mal explicadas. E há muitos milhares de milhões envolvidos. Em vez de apontarmos o dedo aos que levantam dúvidas, devíamos tentar esclarecer certos pontos que permanecem obscuros. 

A semana passada, Joe Biden anunciou a vacinação de crianças nos EUA a partir dos 5 anos. Por coincidência, a Pfizer é americana… 

Devo dizer que não sou nada dado a teorias da conspiração. Mas tudo o que fica escrito neste artigo são evidências, expostas de um modo objetivo, e chocam frontalmente com ‘verdades’ que nos têm sido apresentadas como ‘científicas’. 

Temos a estranha sensação de que somos bombardeados diariamente com propaganda – ao mesmo tempo que dúvidas importantes permanecem por esclarecer. E que muitas acusações de ‘negacionismo’ se destinam exatamente a calar as perguntas incómodas e impedir esse esclarecimento.