Covid-19. Itália torna vacinação obrigatória para maiores de 50

Medida é aplicada numa altura em que os hospitais começam a entrar em ponto de rutura.

O governo italiano tornou obrigatória a vacinação contra a covid-19 para pessoas com mais de 50 anos. A medida já entrou vigor, numa altura em que os hospitais italianos ameaçam entrar em ponto de rutura e o número de mortes volta a disparar.

A Itália registou na quarta-feira um novo recorde de infeções diárias, com quase 190 mil casos em 24 horas, um dos poucos países no velho continente onde a vacina é obrigatória.

A administração de Mario Draghi já tinha tornado a vacinação obrigatória para professores e para profissionais de saúde. E desde Outubro que todos os trabalhadores do país tinham de apresentar teste negativo ou estar vacinados para poderem aceder aos seus locais de trabalho.

Agora, além da obrigatoriedade da vacina, as medidas de segurança nos espaços de trabalho, sejam estes públicos ou privados, são ainda mais apertadas. Depois de dia 15 de junho, todas as pessoas com mais de 50 anos vão passar a ser obrigadas a mostrar o passe sanitário de forma a provar que estão imunizados ou que já recuperaram da covid-19.

Estas medidas são aprovadas numa altura em que aumenta a pressão nos serviços de urgência dos hospitais. Cerca de dois terços dos pacientes que acorreram às urgências com covid-19 não foram vacinados, assim como 50% dos pacientes internados em enfermarias, afirmou o ministro da Saúde, Roberto Speranza.

“Estamos a fazer estas escolhas para restringir os não-vacinados o máximo possível, uma vez que isto está a causar um fardo demasiado grande nos nossos sistemas hospitalares”, explico o ministro.

A Agência Farmacêutica Italiana (AIFA) autorizou, esta quinta-feira, a administração da dose de reforço contra a covid-19, ainda que apenas da vacina da Pfizer-BioNTech, para jovens entre os 12 e os 15 anos, enquanto o governo estuda como será o regresso mais seguro para as escolas.

A Itália já registou mais de 138 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia, sendo o segundo país europeu com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus, depois do Reino Unido.