Votação e confinamentos

Especialistas citados pela imprensa afirmam que deve haver cerca de meio milhão de eleitores confinados que não poderão votar no dia 31 de Janeiro. Já se sabe que a imprensa adora dramatizar as situações, e que as previsões dos especialistas raramente se confirmam (que o digam os economistas, sector em que as previsões erradas são…

Especialistas citados pela imprensa afirmam que deve haver cerca de meio milhão de eleitores confinados que não poderão votar no dia 31 de Janeiro. Já se sabe que a imprensa adora dramatizar as situações, e que as previsões dos especialistas raramente se confirmam (que o digam os economistas, sector em que as previsões erradas são mais publicamente frequentes).

De qualquer modo, parece evidente que deixar um único eleitor sem poder votar, sobretudo num país tão atreito à abstenção (seja por erro dos cadernos eleitorais, seja por outro motivo), será errado. Como é errado responsabilizar por isso o partido do Governo, sem avançar soluções.

Ao menos o PSD recuou. Mas há partidos e sectores da imprensa que persistem em atribuir ao governo todas as responsabilidades, sem avançarem nenhuma solução.

Claro que enfiar os confinados na rua sem mais, pareceria errado, e com o risco de ver absterem-se mais pessoas, receosas do cruzamento. Felizmente, o executivo de Costa, embora muito propenso a satisfazer todos, não foi nessa. Porque certamente depois lhe cairiam também em cima, e porque nada foi aprovado nesse sentido pela Europa (uma condição que Costa gosta muito de respeitar, apesar de também gostar de participar nessas resoluções).

A mim parecer-me-ia suficiente fazer 2 dias de votações, e ir o máximo de gente possível logo ao 1º. Porque agora os confinamentos são menores, e assim fiaria toda a gente abrangida..

Mas quem serei eu para me atrever assim a achar coisas? É só para não defender posições sem propostas.