Ana Carolina Sena. “A verdade é que não se consegue nada da noite para o dia”

Depois de ter estudado no Reino Unido e nos EUA, conciliando o percurso académico com o profissional, a portuguesa foi distinguida na última edição da lista ‘30 Under 30’ – que reconhece o percurso de jovens com idade inferior a 30 anos – na área do Videojogos.

Nasceu em Vila Franca de Xira e cresceu em Alverca. Em 2010, após ter estudado na Escola Artística António Arroio, em Lisboa, rumou a Londres e iniciou a licenciatura em Produção de Cinema e TV. Para poupar dinheiro e suportar todas as despesas, fez um pouco de tudo, como carregar pesos ou passar horas a descascar batatas.

Apesar de, em muitos dias, se ter sentido exausta e sem força para estudar, deu o seu melhor e terminou o curso três anos depois. «Como é que vou fazer dinheiro?» foi uma das primeiras perguntas que lhe passaram pela cabeça e constatou que, no decorrer do percurso académico, era vista pelos colegas como a pessoa que entendia de negócios e tinha uma visão empreendedora.

Quando uma das colegas de turma, natural da Califórnia, lhe perguntou se não se queria candidatar a um mestrado na Chapman University, tal como ela fizera, pesou os prós e os contras e seguiu em frente. Em apenas 36 meses, emigrava pela segunda vez. A amiga não foi colocada no mestrado, por isso, Ana teve de enfrentar mais um desafio ”sozinha”. O caminho revelou-se menos árduo quando conheceu Isaac, que viria a ser seu namorado e, posteriormente, marido. Atualmente, ele trabalha no Facebook e ela na Twitch.

«Senti-me profundamente emocionada porque considerei que ser reconhecida nos EUA era uma forma de me conectar mais com Portugal porque mais pessoas entenderiam o tipo de trabalho que faço», explica a jovem que iniciou a carreira enquanto assistente do agente Harry Ufland, sendo que este representou personalidades como Martin Scorsese e Robert De Niro. «Lembro-me de um agente que me chamou para ajudar com umas caixas e, quando fui ter com ele, vi o Jackie Chan. Apertei-lhe a mão e disse ‘Muito prazer, vim ajudar’», recorda.

«Em termos profissionais, quero continuar muito curiosa: normalmente, as pessoas perguntam ‘O que queres ser quando fores grande?’ e eu não gostava de responder. Tinha interesses, mas percebia que precisava de descobrir as minhas habilidades. Tenho ambos na área onde estou, tenho de ser flexível – pode aparecer uma tecnologia ou até uma plataforma cuja existência ainda nem imaginamos –, relevante, ajudar as pessoas a contar histórias e conseguir liderar equipas», garante a rapariga de 29 anos.

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