Abandono escolar cai e atinge mínimo histórico

Há cinco anos consecutivos que o abandono escolar tem vindo a decrescer em Portugal.

Pelo quinto ano consecutivo, a taxa de abandono escolar em Portugal caiu, atingindo agora um mínimo histórico: 5,9%. Significa isto que há cada vez menos alunos em Portugal que abandonam os estudos antes de concluir o Ensino Secundário sem optar por outras vertentes de educação ou formação. 

Os dados foram divulgados na quarta-feira pelo Ministério da Educação, que cita dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), revelando uma interessante realidade sobre o abandono precoce na educação e formação: o mesmo caiu “para menos de metade neste período de seis anos”. Em 2016, a taxa era de 14%.

Recorde-se que, em 2020, a taxa fixou-se nos 8,9%, o que marcou uma redução “abaixo do objetivo traçado para esse ano e, pela primeira vez, abaixo da média europeia”. No ano seguinte, o panorama foi ainda mais risonho, com os dados de 2021 a demonstrar que Portugal teve, relativamente ao abandono escolar, “o decréscimo mais significativo de todos os países da União Europeia”.

“Os dados agora disponibilizados reforçam, assim, a tendência descendente observada em Portugal, por contraponto a um cenário de quase estagnação na Europa”, completa o Ministério, explicando que a taxa de abandono escolar expressa a percentagem de jovens que não concluiu o Ensino Secundário, e que não está inscrita em qualquer modalidade de educação e formação. Uma população que, entenda-se, se encontra “uma situação mais vulnerável no acesso ao mercado de trabalho”, segundo defende o Ministério da Educação.

Com estes dados em mãos, a tutela – que se encontra ainda sob a liderança de Tiago Brandão Rodrigues – “saúda as comunidades educativas por este progresso histórico, destacando o seu esforço em garantir a escolaridade a todas as crianças e jovens, tornando a escola mais flexível, mais integradora e mais inclusiva”.

O Ministério da Educação recorda que esta redução do abandono escolar é especialmente importante quando se tomam em conta os obstáculos que a pandemia da covid-19 impôs a muitos estudantes de Norte a Sul do país, com difícil acesso para muitos aos conteúdos digitais e às aulas à distância.