Conflito na Ucrânia não vai afetar reestruturação da TAP

Garantia foi dada por Pedro Nuno Santos no 77.ª aniversário da TAP.

O ministro das Infraestruturas garantiu ontem que o plano de reestruturação da TAP está fechado e que o conflito na Ucrânia não lhe vem trazer alterações. “A TAP tem um plano de reestruturação aprovado em Bruxelas, com um determinado montante e está fechado. Ponto final parágrafo. Tudo o que vier a acontecer para toda a gente vamos ver. Não conseguimos antecipar tudo”, garantiu Pedro Nuno Santos, à margem da celebração dos 77 anos da companhia aérea.

O ministro falou ainda sobre um possível encerramento da TAP e não tem dúvidas: “Não salvar a TAP custaria infinitamente mais do que o que nós injetámos. E a TAP deixaria de ter hub em Lisboa. O hub passaria para Madrid”. Nas contas do governante, encerrar a companhia aérea significaria perder 3000 milhões de euros em exportações, dados que não consideram o impacto da pandemia, nem o conflito na Ucrânia. E deixou um exemplo: “Tivéssemos nós uma empresa de sapatos que exportasse 3000 milhões de euros por ano, nós não a podíamos deixar fechar”.

Assim, o ministro aproveitou o aniversário para destacar a capacidade de resistência da TAP. “Este é um grande momento histórico que premeia a resiliência e determinação e força de muita gente de uma parte considerável do país”, disse, lamentando que “muitos apostavam no fim da TAP e até o desejavam”.

Quem também esteve presente na cerimónia de aniversário foi a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, que também destacou a capacidade da empresa. “A TAP celebra hoje 77 anos de vida, uma vida marcada por altos e baixos, alegrias e dias menos bons. Fazem todos parte da memória do que somos. É impressionante o peso da nossa companhia na nossa economia e património coletivo”, disse.