Noite de sábado sem sismos mas nível de alerta mantém-se

Dos mais de 20 mil sismos já sentidos, o mais forte foi registado a 29 de março, com magnitude de 3,8 na Escala de Richter. Em visita à ilha, Marcelo Rebelo de Sousa pediu aos açorianos que não baixem a guarda, apesar de existirem “sinais para ter confiança”.

A ilha de São Jorge, nos Açores, tem sido o palco de uma atividade sísmica “acima do normal”, tendo sido registados, desde 19 de março, mais de 20 mil sismos. Entre as 22h (menos uma que em Portugal Continental) de sábado e as 10h de domingo, no entanto, não se registou qualquer sismo na ilha açoriana. Dados do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) que, em comunicado, revelou que, até ao momento, foram identificados cerca de 248 sismos sentidos pela população.

Recorde-se que, desde 19 de março, a ilha de São Jorge mantém o nível de alerta vulcânico V4 (que significa ‘ameaça de erupção’) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.

Dos mais de 20 mil sismos já sentidos, o mais forte foi registado a 29 de março, com magnitude de 3,8 na Escala de Richter. Em visita à ilha, Marcelo Rebelo de Sousa pediu aos açorianos que não baixem a guarda, apesar de existirem “sinais para ter confiança”.

“Baixar o nível de alerta de V4 para 3 seria uma precipitação. Seria um facilitismo. Não que não houvesse sinais que convidassem alguns a defender isso. Havia, mesmo especialistas. Mas [entendeu-se] que era um mau sinal dado para a opinião pública”, afirmou o chefe de Estado, que disparou ainda: “Às vezes nós, portugueses, facilitamos. Não aconteceu agora, não acontece amanhã, não acontece depois de amanhã e, como tal, já não é um problema.”

Na visita do Presidente da República aos Açores, discutiu-se a possibilidade de descer o nível de alerta vulcânico para V3, mas Marcelo Rebelo de Sousa não quer arriscar. “Baixar o nível de alerta de V4 para 3 seria uma precipitação. Seria um facilitismo. Não que não houvesse sinais que convidassem alguns a defender isso. Havia, mesmo especialistas. Mas [entendeu-se] que era um mau sinal dado para a opinião pública”, concluiu.