Firme está meu coração!

O último domingo foi, para os cristãos ortodoxos, dia de Páscoa. Vale a pena ir à página de Facebook de Volodymyr Zelensky para parar um pouco e ver outra faceta deste homem que, vivo ou morto, ficará para a História. No vídeo, o Presidente ucraniano movimenta-se pela catedral ortodoxa de Santa Sofia, em Kiev, e…

O último domingo foi, para os cristãos ortodoxos, dia de Páscoa. Vale a pena ir à página de Facebook de Volodymyr Zelensky para parar um pouco e ver outra faceta deste homem que, vivo ou morto, ficará para a História. No vídeo, o Presidente ucraniano movimenta-se pela catedral ortodoxa de Santa Sofia, em Kiev, e lê um texto de rara beleza.

Trata-se de um texto em forma de oração em que Zelensky se dirige a Deus para lhe implorar a paz e lembra-Lhe as crianças, os idosos, as famílias, os homens, as mulheres, no fundo, todos. A parte final do texto dirige-se não a Deus, mas aos homens e faz um apelo: não deixem que o ódio tome conta do vosso coração. 

Como não deixar que o coração fique inundado de ódio? Como não nos deixarmos invadir por sentimentos de vingança e de ira? Como não? Como ficarmos indiferentes ao sofrimentos das crianças e dos idosos, das mulheres e dos homens? Como é que não podemos imaginar a nossa mãe e o nosso pai, os nossos irmãos e os nossos filhos, os nossos netos, a tremerem de medo a fugirem das bombas? Como deixar de pensar nas famílias de em menos de segundos viram o trabalho de toda a vida destruído debaixo de escombros?

Quantas crianças? Quantos idosos? Quantas famílias, casas, carros, terras? Quantas mulheres viúvas? Quantos homens mortos? 

Talvez o Livro dos Salmos nos possa ajudar a viver a situação de vida em que nos encontramos. O Salmo 17 diz: «Eu Vos amo, Senhor, minha força, minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador, meu Deus, auxílio em que ponho a minha confiança, meu protetor, minha defesa e meu salvador».

Deus aparece como um defensor, uma fortaleza, um auxílio. Ele aparece como salvador e como libertador. Mas onde está Deus? Onde está Deus no meio deste mal? Se Deus existe, perguntam alguns, porque permitiu esta guerra? Porquê?

Não me parece que tenha sido Deus a começar esta guerra, mesmo que alguns dos que a levam a cabo se benzam várias vezes! Agora que fizemos asneira, Deus aparece como nosso aliado para nos libertar. Deus, no meio da guerra, aparece como nosso aliado. Não é que Ele apareça como nosso aliado contra os Invasores. Não!

Deus aparece como aliado que nos liberta dos rancores e dos ódios que, seguramente, irão ficar depois de devastarem as terras, as casas e as vidas das pessoas. 

Ele é uma rocha segura que nos faz permanecer na firmeza de coração. Deus é uma rocha segura que nos abriga. Pode vir o vento e a chuva contra aquela rocha que a nossa morada não será atingida. É o Salmo 91 que o diz: «Podem cair mil a tua direta que tu não serás atingido». 

Como manter o coração amoroso no meio de uma guerra? Como não odiar? Como não ser inundado de sentimentos de vingança? Será possível?

Sim! É possível! É possível que estes sentimentos não nos atinjam. 

Realmente, é natural que tenhamos todos estes sentimentos. O ódio, a vingança, são sentimentos naturais quando a nossa segurança fica atingida. Converter o ódio em amor não é natural é sobrenatural. Aqui podemos perceber o que diz o Salmo 107: «Firme está meu coração, Senhor, o meu coração está firme». 

É aqui que percebemos de que forma Deus aparece como nosso aliado. Transformar o ódio em perdão capaz de regenerar a vida humana e as relações sociais é algo de sobrenatural que fará com que o coração esteja firme, sem abanar, sem se deixar afetar. Aqui vai começar a paz: na firmeza do coração!
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O último domingo foi, para os cristãos ortodoxos, dia de Páscoa. Vale a pena ir à página de Facebook de Volodymyr Zelensky para parar um pouco e ver outra faceta deste homem que, vivo ou morto, ficará para a História. No vídeo, o Presidente ucraniano movimenta-se pela catedral ortodoxa de Santa Sofia, em Kiev, e lê um texto de rara beleza.

Trata-se de um texto em forma de oração em que Zelensky se dirige a Deus para lhe implorar a paz e lembra-Lhe as crianças, os idosos, as famílias, os homens, as mulheres, no fundo, todos. A parte final do texto dirige-se não a Deus, mas aos homens e faz um apelo: não deixem que o ódio tome conta do vosso coração. 

Como não deixar que o coração fique inundado de ódio? Como não nos deixarmos invadir por sentimentos de vingança e de ira? Como não? Como ficarmos indiferentes ao sofrimentos das crianças e dos idosos, das mulheres e dos homens? Como é que não podemos imaginar a nossa mãe e o nosso pai, os nossos irmãos e os nossos filhos, os nossos netos, a tremerem de medo a fugirem das bombas? Como deixar de pensar nas famílias de em menos de segundos viram o trabalho de toda a vida destruído debaixo de escombros?

Quantas crianças? Quantos idosos? Quantas famílias, casas, carros, terras? Quantas mulheres viúvas? Quantos homens mortos? 

Talvez o Livro dos Salmos nos possa ajudar a viver a situação de vida em que nos encontramos. O Salmo 17 diz: «Eu Vos amo, Senhor, minha força, minha fortaleza, meu refúgio e meu libertador, meu Deus, auxílio em que ponho a minha confiança, meu protetor, minha defesa e meu salvador».

Deus aparece como um defensor, uma fortaleza, um auxílio. Ele aparece como salvador e como libertador. Mas onde está Deus? Onde está Deus no meio deste mal? Se Deus existe, perguntam alguns, porque permitiu esta guerra? Porquê?

Não me parece que tenha sido Deus a começar esta guerra, mesmo que alguns dos que a levam a cabo se benzam várias vezes! Agora que fizemos asneira, Deus aparece como nosso aliado para nos libertar. Deus, no meio da guerra, aparece como nosso aliado. Não é que Ele apareça como nosso aliado contra os Invasores. Não!

Deus aparece como aliado que nos liberta dos rancores e dos ódios que, seguramente, irão ficar depois de devastarem as terras, as casas e as vidas das pessoas. 

Ele é uma rocha segura que nos faz permanecer na firmeza de coração. Deus é uma rocha segura que nos abriga. Pode vir o vento e a chuva contra aquela rocha que a nossa morada não será atingida. É o Salmo 91 que o diz: «Podem cair mil a tua direta que tu não serás atingido». 

Como manter o coração amoroso no meio de uma guerra? Como não odiar? Como não ser inundado de sentimentos de vingança? Será possível?

Sim! É possível! É possível que estes sentimentos não nos atinjam. 

Realmente, é natural que tenhamos todos estes sentimentos. O ódio, a vingança, são sentimentos naturais quando a nossa segurança fica atingida. Converter o ódio em amor não é natural é sobrenatural. Aqui podemos perceber o que diz o Salmo 107: «Firme está meu coração, Senhor, o meu coração está firme». 

É aqui que percebemos de que forma Deus aparece como nosso aliado. Transformar o ódio em perdão capaz de regenerar a vida humana e as relações sociais é algo de sobrenatural que fará com que o coração esteja firme, sem abanar, sem se deixar afetar. Aqui vai começar a paz: na firmeza do coração!