A dificuldade de notificar um burlão sabichão

Há mais de três anos, desde Março de 2019, que o tribunal tenta notificar João Vale e Azevedo, que reside e trabalha em Londres desde Junho de 2018​, para ser julgado num processo em que estão em causa crimes relacionados com o facto de ter alegadamente apresentado três milhões de euros de falsas garantias em…

Antigo presidente do Benfica está acusado de prestar garantias falsas de três milhões de euros em processos judiciais e de tentar burlar o BCP. Desta vez, verificaram-se atrasos na tradução e no acesso a novo sistema de comunicações com autoridades inglesas.

Há mais de três anos, desde Março de 2019, que o tribunal tenta notificar João Vale e Azevedo, que reside e trabalha em Londres desde Junho de 2018​, para ser julgado num processo em que estão em causa crimes relacionados com o facto de ter alegadamente apresentado três milhões de euros de falsas garantias em três processos judiciais e por tentar burlar o BCP, também com garantias falsas, para conseguir um crédito de 25 milhões de euros.

E quando parecia que finalmente o julgamento ia arrancar, o juiz deu sem feito a sessão marcada. É a quarta vez que o julgamento é adiado porque o arguido não foi notificado.

Embora o Mundo saiba, pelos jornais, que o homem tem sido tentado notificar, parece que os burlões podem, escapar à notificação, quer pela Lei, quer porque os tribunais assim o entendem. Uma pessoa honesta parece não ter estas garantias judiciais todas. E os juízes nem se importam muito.

Faz-me lembrar Rendeiro, que toda e gente se admirou por ter apresentado ao tribunal um atestado médico de um não especialista na sua suposta doença já condenado, mas a ninguém ocorreu criticar, ou condenar por isso, o próprio apresentador do atestado.

Ou o super-descarado Berardo, que depois de ter gozado imenso com todos e com os Bancos, ainda anda aí à solta a meter-lhes processos enormes.