TAP. Cortes salariais serão aplicados ainda este mês

“As decisões que estamos a tomar são as corretas”, adiantou a presidente da Comissão Executiva.

A presidente da Comissão Executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, disse esta terça-feira que a redução dos cortes salariais dos pilotos e dos restantes trabalhadores será aplicada ainda este mês.

Esta é uma decisão que tinha sido tomada pela companhia aérea e anunciada aos pilotos no passado domingo. Na prática, a  TAP anunciou que vai reduzir em 10% o corte que os pilotos sofreram nos vencimentos, para 35%, e aumentar o patamar a partir do qual aplicará reduções nos salários dos restantes trabalhadores, de 1330 euros para 1410 euros, na sequência do plano de reestruturação negociado com a Comissão Europeia. “A aplicação desta garantia mínima significa que os cortes efetivos não são de 25%, mas variam em média entre 12 e 15%”, avançou numa comunicação aos trabalhadores a que a Lusa teve acesso.

Esta quarta-feira, a presidente da Comissão Executiva da TAP garantiu que quer continuar à frente da companhia aérea e que o seu compromisso com a empresa se mantém.

E acrescentou que a sua manutenção no cargo está nas mãos do Governo. “Essa é uma questão para o Governo, mas para mim o compromisso mantém-se. Mantenho a paixão por esta empresa (…). Claro que, para mim, não é algo que gostaria de ver, mas é o que é, e quero ter uma longa e boa relação com os sindicatos para mostrar que o que estamos a fazer e as decisões que estamos a tomar são as corretas”, afirmou Christine Ourmières-Widener que chamou os jornalistas para uma sessão de esclarecimentos, depois de ter decidido aumentar o valor mínimo a partir do qual os trabalhadores não têm corte de 1330 euros para 1410 euros.

A responsável adiantou que, mesmo não tendo havido acordo com os sindicatos, esta é uma medida “justa” e a empresa “não pode ir mais longe” devido à situação da TAP que, embora esteja “a voar mais” enfrenta um “verão difícil”.

Sindicato faz acusações Recorde-se que ainda esta terça-feira, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) acusou a companhia aérea portuguesa de querer “enfraquecer qualquer posição mais radical” do sindicato, depois de ter anunciado um aumento da garantia mínima, segundo uma nota interna.