Aeroporto. Caos regressou este fim de semana a Lisboa

Cancelamentos de voos aliados ao aumento da procura geraram longas filas de espera. Cenário repetiu-se nos aeroportos europeus e americanos.

No sábado terão sido, pelo menos, 65 os voos cancelados com destino e origem no aeroporto de Lisboa. Este domingo o cenário repetiu-se com quase 50. De acordo com os dados disponíveis no site da ANA, entre as 00:00 e as 23:50, o número de cancelamentos de voos que estavam previstos para aterrar em Lisboa terá ascendido a 26, enquanto do lado das partidas há indicação de 22. Ainda assim, a concessionária aeroportuária apontou para um número bastante inferior, na ordem dos 22. 

Mas não foi caso único. A situação atingiu ainda maiores cancelamentos, um pouco por todo o mundo, com 600 voos cancelados nos EUA e centenas em Madrid e Paris.

Na origem destas situações estão falta de pessoal, greves e outros fatores externos agravantes, nomeadamente climáticos, relacionados com a covid-19 ou com imprevistos, como é o caso do jato particular que encerrou por algumas horas o aeroporto de Lisboa, na tarde desta sexta-feira.

“A pista no aeroporto de Lisboa não esteve operacional durante algumas horas na sexta-feira, 1 de julho, à tarde, devido a um incidente com um jato privado. Em consequência, muitos voos da TAP foram afetados e divergiram para outros aeroportos”, chegou a afirmar fonte da TAP, garantindo que apesar dos “muitos voos impactados” e do período de alta temporada turística que se atravessa, a TAP assegura estar a fazer o seu “melhor para minimizar o impacto desta situação”.

Já a ANA garante que o “aeroporto de Lisboa implementou medidas para apoiar as companhias aéreas, nomeadamente a instalação de balcões móveis suplementares na área de transferências para reagendamento de voos”, tendo também sido reforçadas as equipas de apoio aos passageiros e distribuição de águas.

Os cancelamentos de voos aliados ao aumento da procura têm gerado a criação de longas filas nos aeroportos, com muitos passageiros a queixarem-se das horas perdidas à espera da bagagem e a reportarem o facto de apenas conseguirem recuperar as malas dias depois de terem chegado.

Caos é para continuar

Apesar de a maioria dos constrangimentos deste fim de semana recair sobre a TAP, a instabilidade afeta várias companhias aéreas. Um desses casos é a EasyJet, que já confirmou que vai cancelar milhares de voos este verão. A maioria das viagens será eliminada nos aeroportos de Londres Gatwick e de Amesterdão, duas das maiores bases da EasyJet na Europa, mas de acordo com Johan Lundgren, diretor executivo da companhia aérea, outros aeroportos poderão ser afetados.

Também a Ryanair, após seis dias de greve em Espanha que terminou no sábado –  paralisação que gerou 200 cancelamentos de voos e quase mil voos atrasados em todo o país – se verá a contas com mais 12 dias de paralização, segundo o sindicato soa trabalhadores da companhia aérea. 

Também caótico foi este fim de semana nos Estados Unidos que com o feriado de 4 de julho e o início de férias, levou a centenas de cancelamentos.