Cuba acusa EUA de violar o Direito Internacional com novas sanções a 28 funcionários cubanos

“Dado (o) fracasso na tentativa de provocar uma revolta popular em Cuba em 2021, o governo dos EUA e o seu Secretário de Estado procuram agora desacreditar o triunfo popular face à agressão imperialista”, disse  Bruno Rodríguez, ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, através do Twitter.

Cuba repudiou as restrições de viagem anunciadas este sábado pelos Estados Unidos da América (EUA) a 28 funcionários cubanos. A medida é justificada pelos EUA pelo papel daqueles civis na repressão aos protestos antigovernamentais de 11 de julho de 2021.

"Dado (o) fracasso na tentativa de provocar uma revolta popular em Cuba em 2021, o governo dos EUA e o seu Secretário de Estado procuram agora desacreditar o triunfo popular face à agressão imperialista", disse Bruno Rodríguez, ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, através do Twitter, acrescentando que "medidas coercivas" dos EUA constituem "atos que violam o direito internacional e a Carta das Nações Unidas".

 

 

Antony Blinken, chefe da diplomacia norte-americana, assinou um comunicado no qual está explicado que as restrições suspenderão "a entrada de não imigrantes nos Estados Unidos de funcionários e funcionários do Governo cubano e do Partido Comunista cubano". 

O anúncio, contudo, não revela a identidade dos 28 cubanos, mas refere que há entre eles, "membros de alto nível" do Partido Comunista de Cuba, "responsáveis por determinarem as políticas nacionais e provinciais". Blinken critica ainda os funcionários de permitirem a violência policial e a prisão de centenas de manifestantes.

Dentro das restrições, incluem-se também aqueles que "trabalham nos setores de comunicação e 'media' do Estado e que formulam e implementam políticas que restringem a capacidade dos cubanos de aceder e compartilhar informações livremente". 

Não é a primeira vez que os EUA impõe restrições de visto a funcionários cubanos, pelo mesmo motivo. Este ano, em janeiro, o Departamento de Estado fez um anúncio idêntico que afetou outros oito funcionários, cujas identidades também não foram reveladas.