Incêndio em Silves destrói habitação e afeta área superior a 1.500 hectares

Fogo destruiu um imóvel de primeira habitação na zona da Azilheira, sendo que o município já providenciou “os bens necessários para a requalificação da mesma, não só do edificado, como dos próprios bens da casa”, disse a autarca. 

Pelo menos um imóvel de primeira habitação e mais de 1.500 hectares de área rural foram afetados pelo incêndio que deflagrou em São Marcos da Serra (Silves), no distrito de Faro, na segunda-feira. A informação é avançada por Rosa Palma, presidente da Câmara de Silves. 

"Estimamos que tenha ardido cerca de 1.500 hectares de área rural, mas ainda estamos a fazer um reconhecimento no terreno, tanto da área ardida como dos prejuízos e das edificações afetadas pelo fogo", disse a autarca, acrescentando que o fogo destruiu um imóvel de primeira habitação na zona da Azilheira, e que o município já providenciou "os bens necessários para a requalificação da mesma, não só do edificado, como dos próprios bens da casa". 

"A reconstrução deste imóvel de primeira habitação é uma situação que classificamos como prioritária, mas podem existir outras sobre as quais ainda não tenhamos conhecimento", disse ainda Rosa Palma. 

O incêndio, que foi dominado pelas 9h00 desta terça-feira, começou ontem na localidade de Fica Bem, em São Marcos da Serra, acabando por conseguir chegar à freguesia de São Bartolomeu de Messines, ambas no concelho de Silves. Apesar disso, encontra-se em fase de resolução e obrigou ao encerramento do tráfego rodoviário durante várias horas nos troços entre Ourique (Beja) e São Bartolomeu de Messines (Faro) da Autoestrada do Sul (A2) e do Itinerário Complementar (IC).

Com a forte e rápida propagação do fogo, a Proteção Civil ordenou a retirada de civis de várias povoações e habitações dispersas pelo barrocal e serra da região. Foram, ao todo, 82 pessoas deslocadas das suas casas. 

"Das 82 pessoas, a quase totalidade deslocada para a casa de familiares, cinco foram instaladas na zona de apoio à população e uma que estava acamada, a recuperar de uma intervenção cirúrgica, foi acolhida pela Santa Casa da Misericórdia", informou a autarca, dizendo que os populares "têm regressado às suas casas à medida que vão sendo aferidas as medidas de segurança". Das 82 pessoas, cinco já regressaram às suas casas.