Ministra da Defesa recusa comentar caso “particular” do ciberataque às Forças Armadas

A resposta da ministra segue a linha de como o Ministério da Defesa tem vindo a esclarecer as dúvidas sobre o ataque informático descoberto pela Inteligência norte-americana.

A ministra da Defesa Nacional rejeitou, esta sexta-feira, comentar “casos particulares”, nomeadamente a situação dos documentos classificados da NATO que foram roubados através de um ciberataque, ao notar a “sensibilidade” do tema e a “prudência” que exige.

"Estou aqui em visita para falar da cooperação entre os nossos países, acabámos de assinar um programa-quadro no domínio da Defesa, e não gostaria de me pronunciar sobre outros temas, designadamente o que coloca, que é um tema cuja sensibilidade exige que tenhamos a maior prudência, e naturalmente não me referiria a casos particulares", afirmou Helena Carreiras aos jornalistas durante a sua visita a São Tomé.

A resposta da ministra segue a linha de como o Ministério da Defesa tem vindo a esclarecer as dúvidas sobre o ataque informático descoberto pela Inteligência norte-americana.

De uma forma genérica, o ministério tutelado por Carreiras disse, em comunicado divulgado ontem, que está a averiguar “todos os indícios de potencial quebra de segurança informática”, cujas “ações ocorrem em estreita coordenação com as entidades nacionais responsáveis pela cibersegurança".

As averiguações, sublinhou-se, são conduzidas pelo Gabinete Nacional de Segurança, "com o qual o Ministério da Defesa Nacional e as Forças Armadas trabalham em estreita articulação".

"Dada a sensibilidade destes processos", o ministério adiantou que "não se pronuncia sobre casos concretos".

É de referir que o Gabinete Nacional de Segurança é "um serviço central da administração direta do Estado, dotado de autonomia administrativa, na dependência do primeiro-ministro ou do membro do Governo em quem aquele delegar".

A Autoridade Nacional de Segurança dirige este gabinete "e é a entidade que exerce, em exclusivo, a proteção, o controlo e a salvaguarda da informação classificada".

O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) foi alvo de um ataque informático, durante o qual foram extraviados documentos secretos da NATO enviados a Portugal. Os documentos foram encontrados à venda na darkweb.

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