Galp. Lucro sobe 86% para 608 milhões até setembro

Petrolífera diz que resultados “refletem um forte desempenho operacional em todos os segmentos de negócio”.

A Galp registou lucros de 608 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, o que representa uma subida de 86% face ao mesmo período do ano passado, e de 187 milhões no terceiro trimestre (mais 16%). Mas representa uma descida face aos 265 milhões registados no segundo trimestre deste ano. De acordo com a petrolífera, “os resultados no terceiro trimestre refletem um forte desempenho operacional em todos os segmentos de negócio, com atividades de upstream e industrial a capturar o forte ambiente macro”.

or áreas de negócio, o EBITDA da exploração e produção de petróleo (’upstream’) subiu 17% no terceiro trimestre, para 612 milhões de euros, e aumentou 61% entre janeiro e setembro, para 2.290 milhões.

Já a área comercial registou um EBITDA de 103 milhões de euros, no terceiro trimestre, mais 18% em termos homólogos, e de 256 milhões de euros, nos primeiros nove meses, o que representa uma subida de 12%.

Quanto à área industrial, o EBITDA fixou-se em 48 milhões de euros, no terceiro trimestre, uma subida face aos 15 milhões registados no mesmo trimestre de 2021, mas muito abaixo dos 283 milhões do segundo trimestre deste ano.

De janeiro a setembro, o EBITDA da área industrial fixou-se em 333 milhões de euros, que comparam com 60 milhões registados no mesmo período de 2021. Já o negócio das energias renováveis gerou um EBITDA de 38 milhões de euros, no terceiro trimestre, depois das perdas de seis milhões de euros registadas no mesmo período do ano passado e de quatro milhões no trimestre anterior.

Perda de fornecimento da Nigéria A Galp admitiu o cancelamento de mais uma entrega de gás natural liquefeito (GNL) da Nigéria, previsto para finais de outubro, mas garantiu que terá assegurado a aquisição desse volume no mercado e não ter previstos mais cancelamentos.

“A última atualização da Nigéria é que uma carga de GNL pode ser afetada no final de outubro, mas não estão atualmente a prever mais impactos em novembro”, afirmou o diretor de ‘trading’ da Galp, Rodrigo Vilanova, durante uma conferência telefónica com analistas para apresentação dos resultados do terceiro trimestre da petrolífera.

Estratégia inalterada O presidente executivo (CEO) da petrolífera, Andy Brown, que deixa o cargo no final do ano, escusou-se a avançar nomes de eventuais sucessores, mas considerou que a estratégia da empresa deverá manter-se inalterada.

“Não quero entrar em detalhes sobre a sucessão, nesta altura. Mas devo dizer que não há mudança de estratégia, a transformação que iniciámos e a estratégia que a administração abraçou comigo como CEO continua inalterada”, afirmou. O ainda CEO,  que esteve no cargo durante dois anos, aproveitou a ‘conference call’ para destacar a “excecional qualidade da equipa e dos ativos da Galp”, afirmando que a empresa se tornou “menos rígida”, mais “dinâmica” e “abraçou a transição energética”.