Lucro do BPI sobe 19% para 365 milhões de euros em 2022

A atividade em Portugal contribuiu com 235 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 31% relativamente ao ano anterior.

O BPI registou um lucro de 365 milhões, em 2022, o que representa uma subida de 19% em comparação com o ano anterior, altura em que tinha apresentado um resultado de 307 milhões de euros.

De acordo com a instituição financeira liderada por João Pedro Oliveira e Costa, a atividade em Portugal contribuiu com 235 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 31% relativamente ao exercício de 2021 (179 milhões de euros).

Já as participações no BFA e BCI tiveram um contributo de 96 milhões de euros e 34 milhões para o resultado consolidado, respetivamente. 

“O exercício de 2022 ficou marcado por um forte dinamismo comercial, que nos permitiu melhorar a rentabilidade e manter uma posição financeira confortável. Foi também um ano de investimento em modernização de infraestruturas", revela o CEO. E acrescenta: "Temos pela frente um ano muito desafiante que tem de ser encarado com prudência, pelo enquadramento que vivemos, mas também com confiança no caminho que temos prosseguido. Estamos preparados, temos capacidade de investimento e temos uma equipa focada para continuar a apoiar as famílias, empresas e sociedade”.

O BPI registou crescimentos homólogos de 6% no crédito e 5% nos depósitos de clientes. Já os proveitos da atividade comercial cresceram 14% o que, a par com um aumento de 4% dos custos.

As comissões subiram 3% para 296 milhões, enquanto o produto bancário atingiu os 873 milhões, subindo 14% em termos anuais.

O BPI diz ter conquistado quota no mercado de crédito (11,5%), apesar da inversão de tendência de subida registada na segunda metade do ano. Oliveira e Costa adiantou que 2023 arrancou a “seguir a mesma linha”: “Estamos a assistir a um abrandamento da procura e concretização do crédito”. Em janeiro é normal, mas continua a abrandar face ao mesmo período do ano anterior”.

A carteira de empréstimos aumentou 6% para 29,2 milhões de euros, com o segmento da habitação a subir 8% para 14,2 mil milhões.

Nos depósitos, os clientes têm depositados no banco 30,3 mil milhões de euros, um aumento de 5%. Os recursos totais atingem os 40 mil milhões.