Chinês detido em Luanda por tráfico de seres humanos para prostituição

O SIC concluiu que as cidadãs foram contratadas pelo homem quando se encontravam na China, com o intuito de assinarem contratos de trabalho em Angola, mas não era especificado o tipo de trabalho que seria desempenhado.

Um cidadão chinês foi detido em Luanda, acusado de vários crimes, entre os quais tráfico de seres humanos, com o aliciamento de conterrâneas suas para a prática de prostituição em Angola, segundo o Serviço de Investigação Criminal (SIC).

Segundo uma nota de imprensa do SIC de Angola, o cidadão chinês, de 51 anos, foi detido no dia 3 deste mês, no Casino Hotel- KTV, localizado no município de Viana, onde era gerente e residente, avança a Lusa.

O suspeito terá incorrido na prática dos crimes de associação criminosa, tráfico de seres humanos e lenocínio. A nota refere que foi igualmente detida a sua mulher, também de nacionalidade chinesa, de 52 anos, que alegadamente o ajudava a aliciar mulheres para a prostituição.

"Referir que a detenção deste cidadão é resultado de um aturado trabalho de acompanhamento Investigativo, que culminou com a detenção em flagrante delito, depois de uma revista minuciosa, deparou-se com a presença de oito cidadãs de nacionalidade chinesa, com idades compreendidas entre os 31 e 44 anos", revela a nota.

Nas suas investigações, o SIC concluiu que as cidadãs foram contratadas pelo homem quando se encontravam na China, com o intuito de assinarem contratos de trabalho em Angola, mas não era especificado o tipo de trabalho que seria desempenhado.

Chegadas a Angola, informou o SIC, as mulheres foram hospedadas no Casino Hotel- KTV e sob ameaças foram-lhes retirados os passaportes, com o pretexto de uma suposta regularização da sua situação migratória.

"O que é falso, pois enquanto aguardavam, eram trancadas nos quartos do hotel e forçadas a praticarem sexo a troco de valores monetários, recebendo como remuneração 500.000 kwanzas (931 euros) por mês", explica-se no comunicado.