Greve no Amadora-Sintra ronda os 80%

Trabalhadores exigem aplicação de contrato coletivo de trabalho e aumentos salariais

A greve dos trabalhadores administrativos do Hospital Fernando Fonseca (Amadora – Sintra) está a registar esta quarta-feira uma adesão de cerca de 80%. 

De acordo com fonte do sindicato à agência Lusa, há centenas de trabalhadores que estão concentrados junto à instituição, no âmbito desta greve que teve início na segunda-feira e vigora até 21 de abril. 

Na próxima terça-feira, dia 18, juntar-se-ão outros profissionais, à exceção dos médicos.

"Os enfermeiros também vão estar, em solidariedade", disse ainda José Abraão, secretário-geral da Federação de Sindicatos da Administração Pública e Entidades com Fins Públicos (FESAP), adiantando que estão a ser afetados vários serviços. 

"Pedimos desculpa aos utentes, mas o conselho de administração tem capacidade para resolver o problema dos trabalhadores e, se não o fizer, então o Governo que resolva", disse.

Os trabalhadores estão a reclamar a aplicação do contrato coletivo de trabalho, tal como fizeram outros hospitais, e uma compensação de 52 euros, além do aumento salarial que já receberam, também de 52 euros. 

José Abraão informa também que a resposta da administração depois de os trabalhadores terem entregue "o pré-aviso de greve foi adiar a solução por mais 90 dias. Vamos no quarto mês, os trabalhadores já podiam de ter o dinheiro no bolso".

O mesmo garantiu que estão a ser prestados os serviços mínimos. 

Além desta greve, o mesmo sindicato entregou um pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário entre 5 de abril e 5 de maio naquele hospital, sendo que, segundo ambos os pré-avisos de greve, são abrangidos os trabalhadores que prestam funções administrativas no Hospital Fernando Fonseca (HFF), "independentemente da natureza do vínculo, cargo, função ou setor de atividade, vinculados em regime de emprego público ou em regime laboral comum".