Governo cria grupo para combater assédio no Ensino Superior

As ministras decidiram “criar um grupo de trabalho entre os três ministérios” que fossem capazes de desenvolver ações de pedagogia junto das instituições, com o objetivo até de, eventualmente, serem capazes de combater eventuais casos em que as vítimas não percebem que estão a ser alvo de assédio, contou.

O Governo português vai criar um grupo de trabalho para desenvolver ações de pedagogia em institutos de Ensino Superior de forma a combater o assédio sexual e moral.

"Atolerância deve ser zero" no que toca a casos de assédio, afirmou, esta terça-feira, a Ministra de ciência, tecnologia e ensino superior de Portugal, Elvira Fortunato, reforçando que este não é um problema exclusivo do Ensino Superior.

Sobre a criação de uma comissão de inquérito independente que pudesse receber queixas, a ministra recordou que já existem duas comissões que tratam estes assuntos, nomeadamente, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIGE), e a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), dos ministérios de Ana Catarina Mendes e de Ana Mendes Godinho, respetivamente.

Por esta razão, as ministras decidiram "criar um grupo de trabalho entre os três ministérios" que fossem capazes de desenvolver ações de pedagogia junto das instituições, com o objetivo até de, eventualmente, serem capazes de combater eventuais casos em que as vítimas não percebem que estão a ser alvo de assédio, contou.

No ano passado, foram tornados públicos casos de assédio na Universidade de Lisboa, tendo a ministra apelado a que as instituições criassem canais de denuncia e desenhassem códigos de conduta para combater o fenómeno, enquanto, este ano, foram feitas novas denúncias de novos casos envolvendo dois investigadores do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.