O Centro para a Resistência Nacional (CRN), estabelecido pelas Forças de operações especiais ucranianas para promover atividades de subversão no outro lado da frente, revelou que o Grupo Wagner tem como objetivo recrutar soldados bielorrussos dispostos a atacar a Polónia e Lituânia.
Esta forma de tentar reforçar as fileiras do grupo paramilitar russo acontece no âmbito da instrução que os membros do Grupo Wagner estão a fornecer aos soldados da Bielorrússia em solo bielorrusso, onde se fixaram após a rebelião do seu chefe, Evegueni Prigozhin, contra as chefias militares do Exército russo.
Segundo os soldados bielorrussos que estão contra o Presidente Alexander Lukashenko, uma das condições para ser admitido no Wagner será "a disponibilidade de participar em ações militar no território de países vizinhos", "em particular, Polónia e Lituânia", acrescentou o CRN ucraniano.
No dia 23 de julho, Lukashenko assegurou durante um encontro em São Petersburgo com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, que os paramilitares do grupo Wagner estacionados no seu país lhe pediram "autorização" para atacar a Polónia.
Estas declarações foram interpretadas como uma forma de pressionar a Polónia, o principal país do flanco leste da NATO e um dos mais maiores apoiantes da Ucrânia.