Nem só de economia e do seu crescimento se faz a vida de uma sociedade, de uma pessoa
A utilização da Justiça para fins que lhe são estranhos é, em todo o mundo, uma realidade.
Sinal evidente dos perigos que a democracia corre hoje reside na pretensão de alguns candidatos, cujas simpatias partidárias são por demais conhecidas dos portugueses, se apresentarem, agora, como políticos ‘antissistema’.
A análise desta reforma não pode cingir-se à discussão pontual da constitucionalidade de uma e de outra medida nela previstas.
Há na CRP uma dimensão da humanidade do homem-trabalhador que não pode ser obnubilada em nome dos interesses económicos das empresas e mesmo do país.
A sensação de insegurança vai crescendo, precisamente, na medida inversa da diminuição da esperança num futuro melhor.
Não é por acaso que todos os populistas elegem como arma política e eleitoral o fenómeno da corrupção.
Não, não é necessário aumentar a produção para que seja possível concretizar uma melhor distribuição da riqueza.
O uso do véu integral é apenas a parte visível de um problema maior.
Um conjunto de reflexões sobre o uso e o mau uso da linguagem em distintas funções públicas.
Preocupa-me o exclusivo, e algo ingénuo, olhar ‘autopoiético’ que alguns magistrados evidenciam quando abordam certas situações profissionais.
O que se passou na ONU mais não demonstrou, afinal, do que, se nada fizermos, será o nosso desnorteado futuro.
Talvez fosse bom que os governantes que se afirmam católicos refletissem mais sobre o que dizem os chefes da Igreja enquanto leem as opiniões das confederações patronais e os relatórios ‘técnicos’…
‘Paz social’ não significa a inexistência de luta contra a desigualdade e a injustiça.
Está em discussão um ‘anteprojeto de revisão da legislação penal e processual penal em matéria de perda de vantagens de atividade criminosa’.
As leis laborais refletem o respeito dos que que as fazem relativamente à consciência e aspiração de justiça existentes, num dado momento, na sociedade.
As soluções técnicas servem apenas para materializar um modelo político de sociedade.
A gradual perda da hegemonia cultural das forças democráticas e constitucionais não é nova…
Muitas das propostas eleitorais são, apenas, a conclusão lógica dos problemas a que se quer dar relevo para travar o combate eleitoral e não a resposta aos que urge, de verdade, solucionar