Acabo de saber que Maria José Nogueira Pinto – a Zezinha – morreu. Todos nós, e ela própria, sabíamos há algum tempo que estava condenada, que o Deus em que acreditava lhe havia concedido uns dias de vida para pôr à prova a sua fé, o seu estoicismo e a sua coragem.
Bairrão acabou por não ser confirmado como secretário de Estado por, alegadamente, ser contra a privatização da RTP1.
A obsessão de Passos Coelho levanta a suspeita de querer apenas satisfazer candidatos a apropriarem-se do instrumento de poder que é hoje um canal de TV.
Há duas semanas, manifestei aqui a minha estupefacção pelo programa audiovisual que se anunciava para Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura (CEC), onde não havia a mais leve intenção de abrir um concurso para um filme sobre D. Afonso Henriques.
Em meados dos anos 60, para a minha geração, era impossível fazer filmes em Portugal. Por isso, muitos de nós, dedicávamo-nos à crítica e a fazer publicidade.
Não deixa de ser reconfortante que, num país cada vez mais descrente de si próprio, rendido à fatalidade da crise, a esperança nos venha do lado da literatura.
Muti fala com o público para confessar que ao ouvir o ‘Va pensiero’ sentiu que a cultura italiana está em perigo.
NO PRIMEIRO artigo que aqui escrevi, perguntava-me para que serve um Ministério da Cultura (MC) em Portugal. E concluía: «A política da cultura, num país inculto, não deve privilegiar o apoio directo aos criadores, mas sim a criação de condições para que eles encontrem um mercado para as suas obras.
A RTP dedicou a programação do último fim-de-semana a comemorar o 25 de Abril, com documentários que pudessem recordar, aos que o viveram, o que ele representou, e mostrar aos que nasceram depois disso o que tinha sido o país entre o 28 de Maio de 1926 e a véspera do golpe militar.
‘Ad Ogni Costo’ e ‘A Solidão dos Números Primos’, dois filmes italianos, são belas surpresas que falam da Europa da ressaca.
No primeiro livro, ‘A Noite e o Sobressalto’, Pedro Medina Ribeiro revela notável capacidade de efabulação e maturidade.
Há coisa de um mês, recebi o pedido de uma embaixada para organizar a exibição pública de alguns dos meus filmes, a exemplo do que havia sido feito em Barcelona no ano passado. Depois de obtidos os necessários acordos, foram agendadas as sessões e pedidas as cópias ao Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA).…
O ‘Leão da Estrela’ é um dos momentos mais altos de um género que, com meia dúzia de filmes, se tornou fenómeno de popularidade.
Morto Mao em 1976, encerrado o Vietname, Godard troca o radicalismo revolucionário por um radicalismo estético com o mesmo inimigo: a América capitalista e, agora, sobretudo o seu cinema.
Por trás da deficiência da personagem, há um plot que responde na perfeição aos grandes conflitos do drama clássico.
Só anos mais tarde, quando se mudou para Paris, descobrimos que Gérard andara de Leica em punho a fotografar Portugal.
‘Correcções’ é um livro arrasador e Franzen um escritor da família dos grandes romancistas como Mann, Proust ou Musil.
Eastwood não tenta convencer-nos de que existe vida após a morte, e dá-nos com ‘Hereafter’ uma lição de lucidez.
A partir de 1955, Hitchcock produziu uma série de 270 sketches de 25 minutos para a TV que lhe deu imensa popularidade.