Não me lembro de alguma vez ter assistido, no meu país, nem sequer durante a ditadura, a uma demonstração de despotismo absoluto como esta parece ser – e, no entanto, não me apercebo de que alguém, no espaço público, tenha chamado a atenção e, ainda menos, que se haja revoltado ou indignado perante esta situação-limite…
Está em curso, há já uns tempos, uma campanha na comunicação social destinada a amedrontar os portugueses e fazê-los desconfiar da fiabilidade das chamadas medicinas/terapias não convencionais ou alternativas, em particular da homeopatia. Tem-se procurado convencer as pessoas de que tais tratamentos são inúteis ou mesmo perigosos, ao contrário daqueles que a medicina convencional oferece.
Este tornou-se, no Portugal contemporâneo, e em especial nos últimos tempos, um dos assuntos de que mais se fala na comunicação social, mas igualmente um dos temas mais difíceis e complexos de analisar com seriedade, de debater sem histeria, e de solucionar sem que isso implique o extermínio de nenhuma ‘classe social’. Por outro lado,…
Na semana passada, a Lusa divulgou uma notícia com o título José Eduardo dos Santos quer MPLA a liderar combate à corrupção em Angola, da qual me permito transcrever o seguinte excerto: «O líder do MPLA, partido no poder em Angola, defendeu hoje que aquela força política deve liderar o combate à corrupção e ao…
Talvez porque a generalidade das pessoas, com ou sem fundamento para isso, tem a nossa classe política actual em muito má conta, já ninguém espera que um jovem adulto com muitas qualidades e um currículo riquíssimo resolva dedicar-se a essa actividade.
ENQUANTO em Portugal a vida pública for aquilo que hoje é, só por milagre conseguirá vencer eleições quem quer que se atreva a defrontar António Costa (AC) – o político que os media portugueses sempre favoreceram e protegeram, faça ele o que fizer e falhe quantas vezes falhar. Não se sabe bem o que está…
Nesta campanha para as autárquicas, tem sido evidente que, nas cidades mais importantes do país – Lisboa e Porto –, a questão mais debatida pelos candidatos é a habitação.
Os órgãos de comunicação social portugueses, na sua generalidade, tendem a dar pouca ou nenhuma importância à função, que só a eles cabe, relativa à ‘abertura de espaços’ para o debate público – o que, só por si, impede que tenhamos uma democracia saudável, com suficiente vitalidade.
A fazer fé no que dizem os jornais e as televisões, só agora a opinião pública portuguesa está a aperceber-se de que as autoridades, instituições e estruturas do Estado estão muito longe de merecer a nossa confiança.
Num país onde o normal é que os problemas colectivos (sobretudo os mais importantes) se acumulem e agravem sem nunca serem solucionados, e num tempo em que os protagonistas da vida pública (políticos, comunicadores, etc…) já optaram por transformar tudo num reality show, num espectáculo permanente que entretém os cidadãos comuns e desresponsabiliza quem lidera e…
Se Sócrates voltasse a candidatar-se não ganharia as eleições? Esta é a pergunta inquietante
TOMEMOS como exemplos de ‘portugueses extraordinários’ José Saramago, Aníbal Cavaco Silva e Belmiro de Azevedo (ficando desde já claro que isto nada tem a ver com algum possível concurso sobre os ‘maiores’ ou os ‘melhores’ portugueses).
Tomarei como paradigma da moderna medicina portuguesa o sector das análises clínicas – aquilo que desde há anos passou a designar-se, à inglesa, Patologia Clínica –, até por se tratar do ramo que há mais tempo adquiriu os traços que caracterizam a dita ‘modernidade’. E dir-vos-ei como se passou do modo ‘antigo’ para o ‘moderno’.
Se isto é assim, então sejamos sérios: não são só os políticos que não se atrevem a dizê-la, com medo de não serem eleitos
Quando ocorreu o tão aguardado e esperançoso “25 de Abril” e deixámos de ser governados em ditadura, havia no País um grande número de bancos com maioria de capitais e administração nacionais, cujo funcionamento não dava mostras de ser problemático.