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Carlos Encarnação


  • Há alguns mais iguais que outros

    Aceita que a Rússia está a fazer uma intervenção especial num outro país.

    Há alguns mais iguais que outros

  • O tempo, esse grande escultor

    Há uma guerra com consequências, há uma crise inflacionista, há um agravamento dos custos da dívida pública. Se isto não oferece justificação para o repensar das medidas, não sei o que o fará. Continua a ser um Governo a jogar à defesa. Permanece pobre de ideias e de iniciativa, é limitado nos objetivos.

    O tempo, esse grande escultor

  • A nova desordem mundial

    Parece, até, ofensivo que a grande cedência de Moscovo seja permitir à Ucrânia a adesão à União Europeia. Ela, um país livre, pedir autorização não para integrar uma aliança militar mas para participar num espaço de cidadania, de liberdade de circulação e de economia comum.

    A nova desordem mundial

  • A doutrina de Grosni

    Mas os milhões de refugiados que procuram abrigo, as imagens da violência indiscriminada, a incompreensão desenhada nos rostos que sofrem, provoca a estupefação e a revolta.

    A doutrina de Grosni

  • Já passou o tempo

    E quando as notícias começaram a divulgar a possível integração na Nato da Suécia e da Finlândia, a reação foi uma ameaça a dois tempos.

    Já passou o tempo

  • Jogos de guerra

    A questão da Sérvia, depois o problema da Geórgia e os sucessivos alargamentos da Nato serviram de base à recuperação do conceito de zonas de influência e do afastamento de Moscovo. E tudo se torna mais claro em 2004 com a continuação do poder de Putin.

    Jogos de guerra

  • Uma campanha triste

    O negociador incansável, a tolerância em pessoa, o sofrimento arrastado pelo calvário de uma situação limite de pandemia e incerteza, fez da campanha denúncia.

    Uma campanha triste

  • Ou sim, ou sopas

    O poder tem de possuir a humildade de reconhecer que as coisas não vão bem e que, mesmo que a mão se feche com ímpeto, a areia continuará a escorrer por entre os dedos.

    Ou sim, ou sopas

  • O spleen

    Nem a esquerda se desenvencilha das suas contradições, nem a direita descobre o caminho marítimo para uma Índia qualquer.

    O spleen

  • Um azar nunca vem só

    As sondagens todas e mais algumas dizem, no essencial, o mesmo. Há muita gente que acompanha o partido  socialista mas não o consideram suficientemente credível.

    Um azar nunca vem só

  • É a vida

    Não basta dizer que os países pobres não as têm e que a África apresenta uma percentagem muito baixa de resposta à vacinação. Há paradoxos difíceis de explicar. Por exemplo a Nigéria não é um país pobre e tem uma taxa de 4%.

    É a vida

  • A decisão

    Um quadro de pandemia como o que estamos a viver, com incertezas e cambiantes, com resultados anunciados e retrocessos, com meios limitados, com recursos insuficientes, exige a todos os governos do mundo informação pronta e capacidade de decisão.

    A decisão

  • O que nós vemos das coisas são as coisas

    António Costa foi primeiro-ministro porque afirmou ser possível governar de uma certa maneira, de arrastar consigo os outros, de os convencer a abdicar de uma parte do seu programa para evitar um mal maior, de ser socialista na essência e esquerdista no gesto.

    O que nós vemos das coisas são as coisas

  • Foi bonita a festa, pá!

    Estes seis anos foram o máximo que se traduziu no mínimo. E, por muito que as intervenções repetitivas da bancada socialista cansativamente salientassem as conquistas, tudo sabe a pouco quando o país está assim.

    Foi bonita a festa, pá!

  • O pontapé de bicicleta

    E, por mais que o ministro do Ambiente se esmere em traçar a normalidade do futuro negro que nos espera com a dificuldade em fazer a transição energética, o facto é que a angústia crescer.

    O pontapé de bicicleta

  • Goodbye Mr. Chance

    É inusitado que o ministro dos aviões e dos comboios critique publicamente o ministro das Finanças, na ressaca da demissão do presidente da CP, no preciso dia em que são anunciados mais mil milhões para a TAP.

    Goodbye Mr. Chance

  • Macacos me mordam!

    Valha-nos o sobressalto cívico do primeiro-ministro reagindo ao que considera ser insinuações malévolas quanto à ‘bazuca’, ou ao programa de recuperação, ou ao perigo dos corruptos singrarem.

    Macacos me mordam!

  • One man show

    Durante o Congresso o que ficava era a divisão clara de caminhos, a luta interna, a ideia do fechamento e do afastamento do país. Era um circo e cristãos eram lançados às feras. Destroçados ou lambendo as feridas diminuíam o brilho do vencedor.

    One man show

  • Encabulados

    Fartos, os americanos de Trump, anunciaram a retirada. Crédulos, os americanos de Biden cumpriram-na. A Nato, atenta, veneradora e obrigada, nem piou. E hoje aí temos o Afeganistão em todo o seu esplendor.

    Encabulados