Imagine-se que somos todos pessoas de bem. Europeus, civilizados, defensores de direitos, libertários de oprimidos, abertos à protecção dos que sofrem. Tenhamos consciência do que se passa relativamente perto de nós. Dos povos massacrados por guerras sem fim e mortes sem limite. Podemos rever-nos, mesmo, nas declarações compungidas e solidárias ou em acções concretas que…
A força comunicacional do tema [eutanásia] e da proposta é tão grande, tão intensa, tão sufocante, que emudece os discordantes, limita-os, torna-os inimigos do progresso.
Tem sido uma festa esta discussão do Orçamento. Mais do que as iniciativas e as propostas, o que se surpreende é a verdadeira desfaçatez descoberta nos motivos e nas justificações. De todos os lados, saliente-se. Do lado dos partidos que não integram o Governo e do lado do próprio Governo. Até agora, a grande afirmação…
Simplicidade é a regra. Perde quem não conseguir transmitir sem complexidade a mensagem política. Há uma certa preguiça no eleitorado, as pessoas não têm paciência para explicações muito elaboradas. Portanto, o Governo, qualquer Governo, é responsável pela escolha dos caminhos, das justificações, da decisão. Há governos hábeis e inábeis. Há oposições atentas e distraídas. Conheço…
E pronto, mais uma semana e não saímos disto. Um a um, os partidos esquerda mais, ou mais ou menos, anunciam a sua entrega à abstenção. Sai fumo branco da chaminé de S. Bento.
O nosso problema é aturar um governo e um partido de oposição que tentam fazer o mesmo. Experimentemos, pois. Comecemos por mudar o PSD.
Interessante, muito interessante mesmo, este momento. O ministro das Finanças fez um retiro, escondeu-se do mundo, emudeceu. O governo apresenta as grandes linhas do orçamento. Ambiciosas, com superavit e crescimento. A partir daqui joga-se a encenação do costume. O BE modera as exigências elevando a voz. O PCP previne com suavidade. O governo da região…
Fui ver os números, procurei na Pordata e concluí que a percentagem das despesas de saúde no PIB, durante os últimos cinco anos, se cifrou em 9 por cento (em média), sendo de 8,9 por cento em 2017. Estão, portanto, quase ao nível de 2003. Depois desse ano, subiram a uma média de 9,3 nos …
E pronto, muito tempo e tantas eleições depois, acabaram por cair nos braços um do outro. Mais sofridos, é certo. Mais magros de peso relativo. Deixando pelo caminho eleitores e deputados. Murmurando afastamentos e encenando azedumes.
Há uma tolerância ideológica confrangedora. Fosse outro o quadro e a denúncia do inadmissível atroaria os ares. Fosse outro o quadro e esta habilidade tosca não passaria.
Um qualquer primeiro-ministro não poderia deixar de condenar politicamente o que aconteceu em Tancos e a incapacidade do seu ministro da Defesa
Diz o dr. António Costa que fez o trabalho de casa. para mal dos seus pecados, está, definitivamente, metido em trabalhos.
Unido era o Reino onde o referendo sobre a continuação na União Europeia foi o recurso encontrado para a manutenção do Partido Conservador no poder.
O Governo faz de conta que resiste e o sindicato faz de conta que insiste.
E tão óbvio tudo se tornou que entre a recusa da realidade e a atitude de assobiar para o lado, governo e apoiantes fecharam-se dentro da carapaça.
Durante o ano inteiro alimentamos a mentira.Está tudo preparado, multiplicam-se os meios, limpam-se as florestas, protegem-se as pessoas, dá-se-lhes confiança. É tudo mais simples assim. Num dia contratam-se mais meios aéreos, noutros contam-se os efetivos no terreno, inventam-se as cabras capinadeiras, chamam-se os drones. Noutros oferece-se o tempo de antena aos comandos todos e a…
Os grandes temas que poderiam melhorar a economia, ultrapassar a deficiente resposta do Estado, oferecer mais e melhores empregos morrem na armadilha ideológica.
O tempo é, o tempo não pode deixar de ser, de compromisso geral na luta contra a corrupção, contra os interesses dos grupos, contra a impunidade dos poderosos vigaristas