Estes foram os momentos que marcaram o segundo dia da Web Summit.
Ter tantas saudades de Portugal e encontrá-lo já aqui, quase ao virar da esquina, ainda antes de apanharmos o avião para casa.
Longe do centro e escondida dos olhares mais desatentos fica a casa onde, entre 1911 e 1918, o pintor austríaco Gustav Klimt criou as suas últimas obras.
O projeto chama-se Skopje 2014, é financiado pelo governo e pretende cobrir a cidade de um tom mais histórico, mais imperialista… “mais kitsch”, dirão os críticos. E conseguiu: cerca de 500 milhões de euros depois, a capital da Macedónia é agora um parque de diversões neoclássico onde talvez haja mais estátuas do que pessoas.
São reconhecidos, mas apenas por 111 Estados-membros das Nações Unidas. São kosovares, mas falam, oficialmente, albanês e sérvio. Estiveram em guerra até 1999, mas são talvez o povo mais hospitaleiro que conhecemos nesta viagem.
Viemos a Pristina desmistificar o Kosovo, aquele buraco negro que os anos semearam na nossa mente. E encontrámos cor, luz, e desmistificámos tanto que, quem sabe, talvez até pudéssemos ficar aqui a viver.
Sarajevo, o sinónimo de tolerância. De paz, de respeito, de tudo o que representa a vida em harmonia. Será irónico dizer isto de uma cidade que foi tão destruída pela guerra ainda há tão pouco tempo, mas Sarajevo não guarda ressentimentos face àqueles que a visitam.
“O que é que ele está a gritar?”, pergunto à rapariga ao meu lado, que não terá mais de 18 anos. “Hum, não tem bem tradução…”, responde-me, e ambas olhamos para o miúdo que grita mais alto do que a sua própria altura. “Está-lhes a chamar porcos, macacos, coisas assim. O normal no futebol”. E…
Na Bósnia, país predominantemente muçulmano, todas as mesquitas têm um cemitério e há mais cemitérios do que mesquitas. Nos quintais das casas, ao lado das estradas, em antigos jardins – todas as campas têm as mesmas datas gravadas. 1992, 1993, 1994, 1995. Algumas, para nosso horror, são mais pequenas do que outras – têm metade…
Chegámos a King’s Landing. Perdão, a Dubrovnik. A verdade é que já nem sabemos bem. Quem for ao Google encontra quase tantos guias para a história da cidade como para os sets de filmagens de “Game of Thrones”, a série da HBO que fez da Croácia uma das suas casas, e de Dubrovnik a maior…
Chegámos à Croácia turística da qual toda a gente fala, e nem por ser fim de Setembro o ritmo abranda. Free walking tours, selfie sticks, souvenirs e todas essas expressões que o turismo nos faz chegar estão em todo o lado no interior do Palácio de Diocleciano. Mandado construir no ano 305 pelo imperador homónimo,…
“Se, por alguma razão, a câmara tiver de arrancar uma árvore, sabemos que logo a seguir há outra a ser plantada no mesmo lugar.” Talvez seja por isso que Velenje, no norte da Eslovénia, é uma cidade tão verde – o verde mais verde que já vimos.
Estamos numa das principais praças de Ljubljana mas, depois de entrarmos, nada mais é o que parece ser.
Francisco Sá Carneiro, Porto. El Prat, Barcelona, onde todos os viajantes dormem no aeroporto à espera do próximo avião. Junto-me a eles no sono e só acordo para mostrar o bilhete para Bergamo, Milão, onde apanho um autocarro para Veneza.
O número de vítimas mortais tem estado a subir, a última atualização feita pelo secretário de Estado, Jorge Gomes, indicava 62 mortes. O governo já decretou três dias de luto nacional.
Chegar à zona da Baixa de Lisboa nunca é tarefa fácil. Ainda mais nos dias que correm, com taipais, baias protetores, estradas cortadas e luzes de natal à mistura. Mas nem por um instante desistir: hoje é noite de Mexefest. Encosta-se o carro e toca a andar a pé que vai ser assim: acima e…
Ser o primeiro em Portugal deu-lhe direito ao nome mais simples que um restaurante pode ter. Este chinês, no Porto, abriu quando o país ainda estava fechado a exotismos. “Perdi a conta às vezes que tive de dizer que o que vinha no prato não era cão”, conta o funcionário mais antigo da casa