Têm sido tempos de muito desgaste para todos, de sofrimento para alguns, muito trabalho para outros, despertando sentimentos que muitos desconheciam. Um ano de aprendizagem, de muitas lições.
A nossa História não vive apenas nos livros que contam os feitos nacionais. Vive materialmente no Património que as gerações passadas nos legaram.
Quando o primeiro-ministro afasta o maior partido da oposição de um possível entendimento no orçamento, numa altura como esta, fá-lo para defender o bem comum? Quando o aliado preferencial dos últimos anos deste mesmo governo decide votar contra o orçamento, o mais importante instrumento de política no que são as práticas da política portuguesa, está…
O espaço público em Portugal tem-se tornado, em muitos aspetos, um campo de batalha dos extremos, que cercam a capacidade de intervenção dos cidadãos, ocupando cada vez mais espaço e tempo.
Pior é que este exercício orçamental, que é divulgado como uma proposta que “apoia a economia e o emprego”, é maniqueísta, porque ao só olhar à dimensão social, ignora a económica, como se não fossem estes dois lados da mesma moeda.
O Bloco de Esquerda tem como razão de ser a oposição ao capitalismo e, mesmo servindo de suporte ao governo socialista e aos seus orçamentos de Estado, continua a insistir na nacionalização de sectores inteiros da economia e na normalização do pensamento, como se se tratasse de calibragem de fruta.
Portugal, sabemo-lo, continua a ser um País demasiado desigual. Todavia, a redistribuição de riqueza carece de políticas públicas focadas na criação da mesma. Deveria ser consensual perceber-se que é preciso criar riqueza para a poder distribuir.
Isaltino Morais afirmou numa entrevista ao “Sol”, há algumas semanas, que o PSD tinha sido objeto de um ataque de cucos. Uma ave que não faz ninho, que põe os ovos em ninho alheio. Ao ouvirmos Sá Carneiro percebemos o que aquela afirmação queria dizer, muitos dos que afirmam ser herdeiros de Sá Carneiro ou…
É verdade que o que separa os autarcas de concretizarem alguma coisa que seja uma mudança positiva no dia a dia dos cidadãos é, muitas vezes, a escassez de recursos, que aparece como um abismo intransponível.
As tecnologias de informação e comunicação constituem mais um conjunto de ferramentas para melhoria da qualidade da gestão e da qualidade dos serviços aos munícipes.
O traço comum da generalidade dos governos populistas, ou com influência populista, é o da sua imensa incompetência. A negação da realidade a que se habituaram, e o próprio discurso simplista e simplificador, fá-los embarcar em soluções rápidas, ou mágicas, para problemas complexos.
Quando o Instituto Nacional de Estatística divulga que os habitantes de Oeiras foram aqueles que, em 2018, de novo, maiores rendimentos usufruíram, isso deixa-nos orgulhosos, sobretudo porque é, também, uma medida de avaliação do desempenho da nossa governação.
O plano de Costa Silva tem, para as pessoas da minha geração, uma vantagem substancial em relação a estas palavras: dá-nos uma perspetiva de caminho de crescimento e desenvolvimento futuro, uma saída para este marasmo que tem durado toda a nossa vida adulta.
O atual Presidente da República estará, politicamente, entre a social-democracia e a doutrina social da igreja, isto é, no centro-direita do espectro político português. Todavia, ainda que oriundo de outra família política que não a socialista, Marcelo Rebelo de Sousa tem algo na sua génese que PCP e BE não têm, como evidencia a sua…
Quando se multiplicam as estimativas mais pessimistas das organizações internacionais e quando o próprio ministro da economia classifica a retoma como “hesitante e moderada”, só podemos ficar apreensivos. No caso do turismo, estamos a olhar, também, para mais de 9% do emprego do País, acelerando o temor da crise social que se avizinha.
O problema é que a governação que transforma exige tudo aquilo que Portugal não tem tido. Continua a faltar-nos uma visão de longo prazo, saber para onde queremos ir e como nos queremos posicionar; e uma estratégia de desenvolvimento
É difícil, para qualquer um de nós, aceitar que os ajuntamentos se limitem a cinco, a dez ou a vinte cidadãos, sob pena de coima, quando vemos imagens do metro ou do comboio com carruagens a abarrotar de gente. Temos uma regra clara, imposta com recurso a medidas coercivas, mas que só funciona à superfície,…
Ao contrário de alguns dos nossos ministros (e ex-ministros), conheço as ideias e o pensamento (pragmático) de Costa Silva, não podiam ser mais distantes das que o governo tem praticado, até porque é alguém que se indigna com o modo ronceiro como Portugal se governa.