A partir deste Verão e do centenário da Grande Guerra não vão parar as efemérides do conflito de 1914-1918 e das suas consequências.
No domingo 28 de Junho de 1914 o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono imperial dos Habsburgo, e a sua consorte morganática, Sofia Chotek, visitaram Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina.
As sondagens valem o que valem, mas transcrevo algumas conclusões desta (1), realizada no fim de 2013 pelo Pew Research Center, sobre as atitudes dos norte-americanos em relação à política externa de Washington: a maioria dos inquiridos (80%) acha que os Estados Unidos devem concentrar-se nos problemas domésticos – «ocupar-se dos próprios assuntos e deixar…
João Pereira Coutinho (JPC) escreve com inteligência e sentido de humor, qualidades úteis para um ensaio político como este, sobre O Conservadorismo, que publicou na Dom Quixote.
Vivemos tempos de inesperadas retiradas – Bento XVI deixou voluntariamente a cadeira de S. Pedro, num gesto inédito na História da Igreja – ainda assim, passando agora ao domínio temporal, não era esperada esta saída do Rei de Espanha, D. Juan Carlos de Borbón, o monarca instaurado-restaurado por Franco e depois confirmado pela Constituição democrática…
É uma informação do ‘insuspeito’ Le Monde de terça-feira, 27 de Maio de 2014: «A Frente Nacional captou 43% dos operários, 38% dos empregados e 37% dos desempregados. Contra 8% dos operários, 16% dos empregados e 14% dos desempregados para o Partido Socialista».
Foi claro o sucesso dos movimentos nacionalistas, eurocépticos e identitários nas eleições europeias. Também não é de admirar, na medida em que representaram e cristalizaram uma reacção popular à retórica ‘europtimista’ num tempo que, política e economicamente, se tornou difícil para os povos europeus.
A Guiné-Bissau, que foi o ‘calcanhar de Aquiles’ do Império português, tem uma história política difícil nestes 40 anos de existência: Presidentes e chefes de Estado-Maior assassinados impunemente, golpes militares para bloquear eleições de resultados considerados inconvenientes, uma promiscuidade entre militares e crime organizado.
Foram 29 partidos a concorrer às eleições do dia 7 de Maio na África do Sul, mas só 13 tiveram votos suficientes para conseguirem representação no novo parlamento; destes, os mais votados foram o ANC (Congresso Nacional Africano), que elegeu 249 deputados, a DA (Aliança Democrática), com 89, e o novo partido, EFF (Combatentes pela…
Uma das consequências desta espécie de epidemia mental que se abateu sobre Portugal e a Europa sob a forma do pensamento único universal e correcto foi a exclusão da ideia da política como poder, como debate, como decisão e escolha do bom governo para a comunidade.
Passei o fim de semana em Ifrane, na Universidade Al Akhawayn, num seminário sobre geopolítica africana – Magrebe-África Subsaariana.
Acho que sobrevivi à vaga celebrativa dos ’40 anos’ que quer fazer do golpe de Estado do MFA e da balbúrdia que se lhe seguiu uma espécie de nova Revolução Francesa de gloriosas proporções. Para alguns – pasme-se – o maior acontecimento da história de Portugal!
Dias complicados para a Europa e para o construtivismo europeu: primeiro foi o gesto brutal do vizinho russo, respondendo a um desafio temerário com uma decisão político-militar que implicou a mudança de fronteiras na zona de contacto Mitteleuropa – Ásia Ocidental. É uma zona crucial da geografia histórica europeia, onde os asiáticos avançaram para Ocidente…
Cheguei a Espanha em Junho de 1976, no meu segundo ano de exílio do Portugal democrático, que começara em 5 de Outubro de 1974, quando saíra de Angola pela fronteira do sudoeste africano – Namíbia, com um mandado de captura na qualidade de ‘malfeitor associado’, passado pelo MFA em Lisboa. Fazia parte daquelas centenas de…
É nos princípios do século XIX que, na Rússia, como em toda a Europa, se afirmam cultural e politicamente, correntes dicotómicas – progressistas contra tradicionalistas, cosmopolitas contra identitários, liberais contra conservadores.
No domingo, a Crimeia declarou-se unilateralmente independente da Ucrânia por referendo. É mais uma alteração de fronteiras.
Em 1939 a Alemanha foi para a guerra em condições energéticas precárias: dos 44 milhões de barris de petróleo/ano que consumia, 28 milhões (60%) eram importados por via marítima.
Falando da Ucrânia e dos seus cossacos, Nicolau Gogol, o autor do Taras Bulba, escreveu: