Não houve ‘nenhum avanço’ nas negociações de mais alto nível desde o início da invasão. A China tem a faca e o queijo na mão, ao escudar ou não a Rússia das sanções.
Uso de mercenários chechenos e sírios indica que militares russos estão a acusar desgaste. Kiev virou ‘fortaleza’, enquanto a enorme coluna às suas portas se põe em posição de fogo.
Todos os dias temos ouvido falar de Donbass e de Euromaidan, de mísseis Javelin ou bombas de vácuo, do papel da Turquia ou do cerco a Mariupol. Estes são os conceitos cruciais para perceber a invasão da Ucrânia.
Centenas de milhares de habitantes de Mariupol, onde foi atacado um hospital pediátrico, estão sem comida, água ou eletricidade. Kiev foi fortificada e metade da população fugiu, criando uma espécie de campo de tiro.
Desde um ator que virou soldado, a um piloto reformado, até uma paramédica baleada, as histórias dos que deram a vida contra a invasão multiplicam-se. Mas o Kremlin também fabrica os seus heróis.
“Foram enviados como carne para canhão”, acusou uma das muitas russas que querem saber dos seus entes queridos que invadem a Ucrânia. Consciente disso, o Kremlin apertou a repressão da imprensa, enquanto caixões vão chegando.
Lviv está a chegar ao limite. Zelensky jurou vingança pelo massacre de civis, que não têm por onde escapar.
Washington tenta que os seus aliados proíbam a compra de petróleo russo, mas a Alemanha já recusou um bloqueio no setor energético. A nível da venda de gás natural, o dinheiro flui para o Kremlin como nunca.
As “posições menos claras” do PCP quanto à invasão da Ucrânia podem ter custos políticos, aponta Costa Pinto. Os militantes queixam-se do “aproveitamento” da imprensa.
A fuga dos civis presos em Mariupol foi impedida com bombardeamentos, mais uma vez. Uma família foi massacrada por fogo de morteiros russos nos arredores de Kiev, quando tentava cruzar uma ponte derrubada.
Volodymyr Zelensky chegou ao poder saudado com algum entusiasmo pelo Kremlin, hoje virou o seu maior inimigo. Em tempos apontado como o Trump ucraniano, agora o seu jeito perante as câmaras tem sido muito útil numa guerra que assistimos em direto. Se isso chegará para enfrentar Vladimir Putin, que ‘só quer saber da aprovação de…
A Ucrânia pode ficar sem acesso ao mar, ou até partida ao meio, caso russos subam o Dniepre. Mas nem na russófona Kharkiv, o Kremlin encontrou o apoio esperado, e civis preparam-se para resistir com tudo ao assalto a Kiev.
Enquanto Zelensky pede que a NATO imponha uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, a Casa Branca recusa, sabendo bem que isso causaria uma guerra entre potências nucleares.
As tropas de Putin têm evitado tomar de assalto grandes cidades ucranianas. O combate urbano “é a pior coisa, pode-se levar um tiro vindo de qualquer sítio”, diz ao i o major general Carlos Branco.
Agora o mais difícil será os 500 milhões de euros em armas chegarem às tropas ucranianas.
Kharkiv foi devastada por mísseis, enquanto os russos se dedicam a cercar as cidades do leste. Zelensky está tão decidido a resistir que ordenou a libertação de presos que queiram combater.
António Costa antecipou o envio de 174 militares portugueses para a Roménia, para reforçar o flanco leste da NATO. As sanções económicas são insuficientes, acusa Kiev, enquanto Portugal se prepara para receber refugiados.
Com tropas russas na capital, entre apelos a que os civis façam cocktails molotov, o Governo ucraniano mostra-se disposto a negociar não entrar na NATO. Em Kharkiv, prepara-se a guerrilha e no Mar Negro 13 militares ucranianos foram massacrados após recusarem a capitulação.
Os líderes do G7 concordaram, numa reunião virtual, impor sanções “devastadoras” à Rússia, como resposta à invasão da Ucrânia.