O caso Diogo Lacerda Machado vai ficar nos anais deste Governo. Trata-se de um advogado e gestor de empresas privadas a quem o primeiro-ministro delegou a representação do Estado, sem qualquer vínculo à administração pública, em negociações tão sensíveis como as do capital da TAP, dos lesados do BES ou da recomposição acionista do BPI.…
Como se esperava, Passos Coelho não teve oposição que se visse no Congresso do PSD. Por uma razão simples: foi ele o líder que já levou o partido a duas vitórias em legislativas, em 2011 e 2015, e é ele, mais do que nenhum outro, quem pode levar de novo o PSD a recuperar a…
António Costa anda em permanente campanha pré-eleitoral. Quase não há dia em que não inaugure, anuncie, valorize, reponha, baralhe e volte a dar. Ou até pré-anuncie quando ainda não tem nada de definitivo para anunciar (como foi o caso do memorando ou pré-memorando de acordo ou pré-acordo dos lesados do BES). E anda atrelado a…
Assunção Cristas decidiu, ao assumir a liderança do CDS, distanciar-se do PSD, reduzir-lhe desde já a margem de manobra nas próximas eleições autárquicas e encostar Passos Coelho à parede no que respeita aos dois principais símbolos dessa disputa eleitoral: Lisboa e Porto.
O Banco Central Europeu já deixou claro junto das autoridades portuguesas e do supervisor nacional que não irá permitir que Isabel dos Santos ou a empresa angolana Sonangol (que, atualmente, detém 17,8% do capital do banco) venham a ter uma posição de controlo de gestão ou de acionista de referência do BCP – apurou o…
Paulo Portas e António Costa tiveram um encontro na semana passada, antes do violento e inesperado ataque ao governador do Banco de Portugal que Portas lançou no Congresso do CDS. O que, tendo em conta as recentes críticas do primeiro-ministro ao governador Carlos Costa, faz supor que o papel do líder do banco de Portugal…
Paulo Portas dizia em janeiro, meio a brincar meio a sério, ao despedir-se do Conselho Nacional do CDS: «Não me perguntem onde vou estar daqui a dez anos». Deixava assim no ar, em jeito provocador, a sugestão de uma sua candidatura às presidenciais de 2026. Agora, à saída do Congresso de Gondomar, corrigiu um pouco…
Marcelo entra em Belém com um capital notável, como nunca se viu com outro Presidente: um tão generalizado coro de elogios da direita à esquerda, uma comunicação social tão embevecida com o seu estilo afável, culto e descontraído, sondagens com números esmagadores que lhe dão a confiança de 89% dos portugueses.
A Presidência de Cavaco Silva não deixa uma marca política que perdure – como, abstendo-nos de floreados, não deixou nenhuma das Presidências anteriores (à exceção, talvez, da primeira de Mário Soares, que impôs um estilo monárquico e dessacralizador do cargo). Isto porque a função de Presidente da República está muito esvaziada politicamente, é sobretudo representativa,…
Alberto João Jardim interrompeu o seu abençoado sossego e o olvido em que prazenteiramente o tínhamos deixado cair para fazer prova de vida. E, de permeio, alguns ajustes de contas que lhe ficaram atravessadas – após ter saído de uma longa carreira política pela porta pequena.
Mariana Mortágua, deputada do BE, afirmou no debate parlamentar que o OE-16 não é um risco para os mercados financeiros, mas que “Bruxelas é um risco para o Orçamento, e é um risco para Portugal”. Já no dia anterior, Mortágua falara do “lápis azul de Bruxelas”, com a habitual e inimputável ligeireza dos bloquistas.