Mário Soares, o fundador do PS, assume a crise do socialismo democrático e da democracia cristã para enfrentarem a crise na Europa. Por isso ficou muito feliz com a vitória do Syriza na Grécia (é amigo de Alexis Tsipras) e considera impressionante a ascensão do Podemos em Espanha, mesmo contra o socialista PSOE.
Portugal irá sentir a saída britânica. Há impactos económicos diretos e indiretos – disso se falará nos próximos dias
Se o Brexit ganhar, a incerteza será a única coisa que poderemos dar como certa – uma espécie de novo Dia D, um susto
1. A questão é simples: Paulo Portas beneficiou ou não a Mota-Engil durante os seus anos de governo?
Paulo Portas beneficiou ou não a Mota-Engil durante os seus anos de governo?
1.O Partido Socialista reúne-se num Congresso de aclamação a António Costa. Francisco Assis é uma voz crítica e capitalizará descontentamentos futuros. Há sempre quem o faça, semear ventos e tempestades para que assobios de hoje se transformem nas palmas de amanhã.
1.Existe a tendência de dizermos quase todos o mesmo. De dizermos o mesmo de maneiras diferentes – ‘mesmo’ quando defendemos argumentos contrários fazemo-lo partindo de paradigmas e visões próximas. Ouvimos um comentador e concluímos do humor geral.
1.A notícia publicada pela revista Sábado sobre o ministro da Educação (resultado de uma denúncia do orientador da tese de doutoramento que o acusou de ter burlado o Estado), foi desmentida veementemente pela FCT, organismo público que gere as bolsas. Bastaria ter ‘caminhado’ os olhos pelas redes sociais, nas poucas horas entre a publicação da…
1.O ministro da Educação foi salvo com a polémica do financiamento do Estado a colégios privados. É curioso que tantos estejam a dizer o contrário. E ainda mais curioso que Passos Coelho tenha abandonado o seu recato para abraçar esta causa e defendê-la como prova de vida. Tiago Brandão Rodrigues, que parece ter envelhecido dez…
1.Vítor Constâncio é um caso na vida portuguesa. Fala com a gravidade dos homens de poder (e é-o de facto), mas no seu percurso pouco deixou de positivamente relevante. Alcançou a liderança do PS sem deixar qualquer marca – era ele o candidato dos socialistas nas legislativas que asseguraram, em 1987, a primeira maioria absoluta…
1. António Costa tem inegável talento para compromissos impossíveis. Entre os comunistas e o Bloco de Esquerda surge como o pêndulo da balança; com Marcelo Rebelo de Sousa vive uma lua-de-mel; sorri a Bruxelas e abraça Tsipras; ouve António Saraiva na CIP e impõe às grandes empresas uma carga fiscal que as penaliza; aguentou o…
1. Os vários perfis biográficos sobre Ricardo Salgado são unânimes num ponto: o banqueiro é fervorosamente religioso, não falta a uma missa de domingo e leva muito a sério as suas obrigações com Deus.
1.O escândalo dos Panama Papers é mais um prego no caixão da decência. Vários analistas têm apontado a dificuldade do assunto: as offshores não são ilegais, mas colocam problemas éticos e morais. Conversa de crianças. Porque o assunto principal não é esse – se o fosse, os legisladores tornariam ilegais as offshores para evitar a…
1. Aguiar-Branco chamou à pedra, no Congresso do PSD, os atrevidos que levantaram a voz contra Passos Coelho. A José Eduardo Martins propôs uma candidatura à Câmara de Lisboa e a Pedro Duarte o desafio de se chegar à frente no Porto.
1.A direção do PSD ponderou homenagear Cavaco Silva. Teoricamente faria sentido, aproveitar o momento mais alto da vida de um partido, o seu Congresso, para agradecer a um dos seus. Mas a notícia deixada escapar por alguém, destituído de instinto ou inteligência, não podia ser mais inoportuna.
1. Marcelo Rebelo de Sousa iniciou o processo de imolação política de Passos Coelho. O tê-lo aqui previsto não é digno de elogios, era óbvio que tal aconteceria. O ex-primeiro-ministro deveria ter saído no momento certo, regressaria mais forte e ganharia mais legitimidade por cada dia que passasse em silêncio. Não decidiu assim. E tornou…
1. Cavaco Silva, o nosso Salazar democrático, permitiu que surgissem António Guterres e Marcelo Rebelo de Sousa. Não como figuras distintas (felizmente, não precisariam de tão grandiosa figura para se cumprirem), mas como personagens do seu tempo.
1.A realidade continua a ser o lugar onde podemos testemunhar as melhores ficções, histórias que o mais criativo escritor não seria capaz de imaginar – e se o fizesse todos o criticaríamos por falta de verosimilhança.
Maria Luís Albuquerque aceitou um convite para uma consultora financeira que ganhou dinheiro com o Banif. O negócio aconteceu em 2014, a senhora era ministra das Finanças e o Estado tinha uma participação maioritária no banco. Não foi a primeira a fazê-lo, não será a última.