Existe algo que impossibilite que o atual Governo seja remodelado no imediato, entrando desde já em funções os futuros ministros, que Costa iria divulgar a 23 de fevereiro ao Presidente Marcelo?
A ressaca das eleições tem sido profundamente dolorosa para os derrotados, (PSD, Bloco, PCP, PAN e CDS) quiçá atónitos sem perceberem ‘como um camião lhes passou por cima’, tão convencidos estavam das suas absolutas certezas.
Por tudo isto, será fundamental termos um novo Governo ‘arejado’, com gente e mentalidades novas. Veremos se os políticos de carreira serão finalmente substituídos por quadros que trabalhem por objetivos concretos (resultados), conheçam a realidade empresarial e que sobreponham o país a ideologias, no fundo, termos um Governo amigo de Portugal.
O combate à corrupção tem de se tornar uma prioridade nacional de todos os políticos portugueses, da esquerda à direita, tão importante como a Saúde ou Educação.
Costa tem de sair da armadilha ideológica que o tolhe nas opções das decisões racionais e mais lógicas para Portugal em cada momento.
A queda (na realidade) receio bem que poderá ser dolorosa, não por pessimismo, apenas porque do passado devemos sempre retirar ilações para evitar cometer erros iguais e, se forem eleitos como perspetivam as sondagens, estes futuros governantes de uma qualquer ‘geringonça’ reciclada revelam que nada aprenderam.
No seu discurso de Ano Novo, Marcelo pediu um «virar de página» em diversas áreas, sobretudo económicas e sociais, mas as estrelas não se parecem conjugar para lhe fazerem a vontade.
Numa palavra, todos, exceto Mendes Calado, ficam mal vistos e quando as razões subjacentes são desconhecidas, sobra a incompreensão das decisões.
Infelizmente, nos últimos anos, temos constatado uma clara deterioração da qualidade do ensino público, medida por rankings discutíveis, mas que constituem a única fonte de informação comparativa face ao ensino privado (absolutamente credível, dado o exame ser igual para ambos).
Os partidos têm de sentir que há mais vida para além das eleições e que a sua mobilização por causas que digam algo às populações é recompensada, porque apenas por esta via é possível baixar a abstenção elevadíssima que reflete a atual indiferença nacional perante a política.
Será de acreditar que, caso esta tendência de subida consistente da inflação não se inverta, o BCE consiga aguentar as atuais taxas de juro, perante a pressão crescente do mercado?
A ministra Marta Temido abre frentes de disputa com as várias classes profissionais da saúde.
Já chega de Rio e Rangel se guerrearem, está na altura de serem claros e iniciarem a campanha eleitoral, explanando ideias concretas do que propõem para Portugal, se forem vencedores das eleições de 30 de janeiro
1. Mais depressa saísse uma sondagem a referir uma nítida quebra de popularidade para Costa, mais depressa a sua ‘entourage’ organizava uma entrevista com o único objetivo de repor a sua popularidade. Num enquadramento económico e social particularmente difícil, esta entrevista veio demonstrar que Costa poderá ser o político mais hábil de Portugal, mas certamente…
A prática habitual é essa, quaisquer que sejam os atores – as viaturas dos elementos do Governo andam a velocidades excessivas, como se os governantes fossem cidadãos acima da lei.
Agora, tudo depende de Marcelo. Irá convocar eleições como sempre o afirmou ou irá dar 90 dias ao Governo para apresentar novo OE? Acredito que será coerente e iremos para eleições
Quem anda com as finanças públicas depauperadas, sobretudo com uma dívida pública calculada em 135% do PIB, pode dar-se a estes luxos?
Vamos lá então admitir que a maioria da nossa população (a tal maioria de esquerda com que Costa conta para governar) nem se importa de ver uma grossa maquia dos nossos impostos injetados na TAP, em vez de serem investidos no SNS, na educação ou na ferrovia.
1.As discussões, mais aparentes que reais, entre o Governo e os partidos de esquerda para a aprovação do OE 2022 continuam a ser notícia. Cada um faz o seu papel, o Governo afirmando que privilegia o crescimento e o equilíbrio orçamental (pese o défice previsto de 3,2%), o PCP não tendo qualquer pejo em utilizar…