Menos de uma semana em terras de Sua Majestade, a rainha Isabel II, foi o suficiente para me abalançar a fazer um pedido, a nível nacional e além-mar, que englobe os países de língua portuguesa onde o sol brilha tanto no céu como na terra, para a recuperação do espírito cavalheiresco nos portugueses.
Terá sido D. Juan um homem feliz? A história diz-nos que não. Primeiro, porque viveu obcecado em possuir tantas mulheres quantas podia e depois porque, em algumas versões da história, passou os últimos anos de vida mergulhado em arrependimento profundo e auto-flagelador.
Ao contrário do que acontece com a maior parte dos mitos, o de D. Juan é um mito moderno. Não remonta à Antiguidade como o de Édipo, nem à Idade Média como o de Tristão, amante de Isolda.
Ainda sou do tempo da Cindy, a boneca loira que antecedeu o eterno reinado da Barbie. A Cindy era magra de perna longa e peito pequeno, vestia uma camisola às riscas e jeans curtos com sabrinas.
Um grande amor nunca é espontâneo. Mas a primeira chama que ateia o fogo que ateia a paixão que conduz ao acto que leva à consumação e que pode, depois, transformar-se em amor, pode ser espontânea? Claro que sim.
As relações amorosas nunca são lineares, nem no início, nem no meio, nem no fim.
Sou a favor de efemérides para que nunca nos esqueçamos do que é realmente importante, como o Dia Internacional da Mulher, o Dia Mundial da Criança ou o Dia do Coração.
Pertenço à última geração a ser educada com medo, sentimento que tentámos poupar aos nossos filhos, porque acreditámos que lhes podíamos dar uma educação diferente, mais próxima, mais cúmplice, menos rígida e mais compreensiva.
A razão primordial que me fez apaixonar pela história de amor de D. Pedro e Inês de Castro foi o eventual papel redentor que a galega ruça poderá ter tido na vida do infante.
De cada vez que nos apaixonamos, tendemos a não ver os defeitos do outro, ou aquilo que vulgarmente é designado pelo seu lado mau. Esta é uma das coisas que torna a paixão patética; uma pessoa não cega, mas quase.
Entrar numa casa onde já vivemos e que está agora vazia é como viajar no passado e não conseguir ver mais do que imagens difusas e confusas, perdidas numa existência que já não nos pertence.
O filme A Minha Semana com Marilyn, que marca a estreia do realizador Simon Curtis, baseado no romance de Colin Clark, Me, The Prince and The Showgirl, fez-me reflectir sobre um estilo de comportamento feminino que está cada vez mais fora de moda e com índices recessivos de sucesso junto dos homens – o da…
Uma das minhas séries preferidas da infância foi Os Marretas, a anos-luz das animações por computador e dos épicos em 3D, um bando de bonecos de pano animados com vozes extraordinárias e pequenos sketches de ir às lágrimas que incluíam o simpático sapo Cocas, a incontornável Miss Piggy, o urso Fozzy, um cão pianista, um…
A paixão é uma forma evoluída da atracção animal? Acredito que sim. E porque é que precisamos tanto do amor romântico para nos sentirmos felizes, plenos, realizados?
Amar e ser amado não tem comparação com nenhum outro sentimento. As pessoas mais felizes são as que reconhecem e valorizam as diferentes formas de amor.
Todas as relações amorosas são guiadas, ensombradas e muitas vezes boicotadas pela gestão das expectativas.
A minha mudança de casa apanhou-me na curva. Não, a minha antiga não ardeu nem sofreu uma implosão, nem fui obrigada a entregá-la no primeiro dia do mês a outra pessoa, apenas não cumpri a regra básica das grandes mudanças que é ver-me livre do lixo que acumulei ao longo dos anos.
De repente, não mais que de repente», como escreveu Vinicius de Moraes, vários casais amigos desataram a parir, alguns deles já um pouco fora de tempo, mas nem por isso menos animados com a ideia, como se a vida estivesse fácil e o mundo fosse um lugar encantador.