Às vezes não me apetece acabar uma história, um livro, uma amizade, uma relação. Faltam-me a vontade, o sentido, a energia, a paixão, ou a força para o fazer.
Chega hoje às livrarias o meu primeiro romance histórico sobre a vida de Inês de Castro, Minha Querida Inês, fruto de um sonho antigo, que se transformou na minha projecção de quem pode ter sido a bela galega que enfeitiçou o infante D. Pedro e enfureceu o rei D. Afonso IV a ponto de a…
Ele olhou-me nos olhos e fiquei logo interessada. Tinha uma capa cor-de-rosa onde se lia Diário de um Gajo Divorciado em Tempos de Crise.
Tive ocasião de conhecer pessoalmente há alguns dias o primeiro-ministro, num evento semiformal, durante o qual trocámos meia dúzia de impressões.
Há mais de cinco anos a escrever semanalmente sobre amor, relações e sexo nesta página e agora que o meu nono romance vai finalmente a caminho das máquinas impressoras, respiro profundamente e penso: ‘Afinal onde reside o amor?’.
Como sobreviver ao final de uma grande história de amor? É possível manter uma amizade? A experiência diz-me que é sempre possível sobreviver e quase sempre impossível manter o que quer que seja.
É oficial: já uso óculos de ver ao perto. Não posso ver isto como uma fatalidade, mas é certamente uma inevitabilidade. Já não consigo ler as legendas dos filmes na televisão, nem escolher entre o salmão e os secretos de porco preto sem encavalitar os meus óculos no nariz. A armação que escolhi é uma…
Ser mulher é óptimo, ser escritora também, mas acumular as duas coisas nem sempre é pêra doce.
Uma das melhores maneiras de recomeçar com o conta quilómetros a zeros é fazer uma viagem. Desta vez escolhi um destino sobre o qual muito pouco sabia.
Mandam as leis do bom senso e da experiência não dar crédito a homens que falam muito de amor, que nos dizem ao primeiro encontro que se apaixonaram, ao segundo que somos a mulher da vida deles e, ao terceiro, que fazem planos para o futuro. Depois, ao quarto querem viver connosco para todo o…
Acabar um livro é como acabar uma relação; uma pessoa pensa que chegou ao fim algumas vezes antes do fim realmente chegar.
Não há como um grande desgosto de amor para potenciar ao máximo o talento criativo. Adele, a cantora britânica que se tornou o maior fenómeno musical depois de Amy, era uma rapariga de olhos grandes e coração partido em mil bocados que decidiu reverter em letra e música toda a tristeza e angústia que emergem…
O maio inimigo do amor é o medo. Medo de falhar, medo de perder, medo de falar demais ou de dizer de menos, medo de desejar o impossível até que o possível se transforme numa impossibilidade.
Não existe dom mais fácil de explodir que o da paixão, nem dom mais difícil de controlar que o do amor. A paixão é veloz, letal, cirúrgica, desmedida, destemperada, exagerada, descontrolada, impensada, irresistível.
Ontem contei 22 sacos Vuitton e hoje conheci uma russa casada com um magnata do Médio Oriente que ando a observar desde que cheguei a Saint-Tropez.
Sem querer alimentar o espírito do gossip gratuito típico da silly season, escrevo esta crónica esperando que o Senhor Alfredo Barroso a leia, de preferência com canetas de várias cores para sublinhar o que dela retirar de mais relevante, como é seu hábito quando se prepara para os debates políticos nos quais ainda participa.
O melhor de uma relação não é a outra pessoa, com todos os seus encantos e qualidades, que nos faz voar, sonhar, dormir e acordar em estado de graça; o melhor de uma relação é o facto de a própria relação ser algo superior, que transcende ambas as partes e ter vida, com pulsar, peso…
Para prender uma mulher, não basta conquistá-la. A grande missão vem depois, e requer artes variadas e combinadas. É preciso ser um ouvinte atento, um bom amante, um razoável cozinheiro, uma óptima companhia e um grande amigo. Se for arrumado, bom rapaz, com bom coração e boa cabeça, então ainda melhor. Mas o mais importante,…
As saudades mudam de cor todos os dias. São brancas quando é a esperança que ilumina o caminho, ficam azuis se o tempo de espera é longo, encarnadas quando ardemos de paixão, cinzentas quando já não acreditamos e pretas quando a morte nos leva os que amamos.