Este será o meu último artigo até meados de setembro (e se a guerra terminar até lá, muito possivelmente será o fim da minha colaboração), pelo que esperemos todos por notícias melhores.
O que ainda aquece o coração e alimenta a esperança é ver comunidades multiculturais unidas apelando ao fim da guerra e desta tragédia, fazendo os seus maiores esforços para que as sementes da paz possam brotar a cada dia que passa.
O massacre do dia 7 de Outubro e o pesadelo que se vive desde então têm criado um enorme turbilhão no seio da sociedade em Israel
É preciso uma dinâmica revolucionária em ambos os sentidos – do povo ao governo, e vice-versa – para termos uma real possibilidade de sucesso em construir uma paz duradoura no Médio Oriente (e quanto desafiante isso vai ser).
Pois bem, quem pensa que o povo israelita e palestiniano, no seu cerne, acha que a guerra é a única maneira de se resolver este problema septuagenário, engana-se.
Claro que muitos têm familiares na guerra, e esses vivem os acontecimentos com uma outra preocupação, mas as pessoas que não têm essas circunstâncias, voltaram à rotina.
Está claro que a figura de Netanyahu caiu em desgraça e o povo não quer esperar mais para deitar abaixo o Governo.As hostilidades continuam na região , e está bem claro que tudo isto já passou os limites do aceitável há muito tempo!
São dias de tormento para poder rever os familiares, saber notícias, para poder regressar a casa.
Começa-se a questionar a alto e bom som a lógica do prosseguir da batalha em Gaza
.Espera-se agora que os ataques sejam mais direcionados e precisos nas zonas onde a abundância de resistência terrorista é menor, de modo a ir concluindo a destruição das estruturas de ataque e de governação do Hamas.
O mundo aguarda com o coração nas mãos pelo fim do terror e da guerra, pelo regressar dos reféns a Israel e pela segurança, bem-estar e condições de vida dignas para as pessoas em Gaza, Cisjordânia e em Israel.