Este filme é uma experiência. Os rostos dançam enquanto choram e misturam-se uns nos outros; a música e o barulho das coisas (dos helicópteros, dos comboios, dos autocarros) pontuam os passos da dança; a sucessão de planos fragmenta-os, deslocalizando-os no tempo e no espaço, e dimensionando os adultos com as suas dúvidas de criança.
Não é difícil compreender de onde vem o sucesso crítico, ou a unanimidade em seu redor: cada vez mais, a crítica premeia o virtuosismo, e a maioria dos realizadores americanos – isso ninguém lhes tira – foram à escola.
Vimos ainda os restos da grandeza do passado, antes de nos despedirmos de vez do deserto sírio. A decadência espalha-se, e onde nós contemplámos ruínas outros verão apenas areais solitários. Um viajante do futuro, vindo de muito longe, poderá enterrar os pés na areia, e enrolar-se numa bandeira que em tempos representou a Síria. Irá…
Como muitos destes novos filmes sobre gente grandiosa, que são meros exercícios barrocos de grandiloquência, “O Brutalista” é limpo, tal qual um bloco de mármore de Carrara.
É importante cartografar o Japão por via do cinema, e localizar as pequenas vilas? Os programadores do ciclo “Mestres Japoneses Desconhecidos” acreditam que sim.
Sucessivamente traída pelos seus governantes e pelas suas elites, a capital do Líbano é um fantasma do que foi ou daquilo que não chegou a ser. Os traidores sabem disso, e veem Beirute como um grande negócio.
Um país, três lugares: da capital a Madaba, passando pela histórica e arqueológica cidade de Petra.