2014 divide o tempo da justiça em antes de Sócrates (e Salgado, também, embora em menor medida) e em depois de Sócrates (e Salgado). O ‘s’ é, assim, o ‘s’ do(s) seu(s) nome(s). Já antes houvera uma fronteira, um momento que mudou as coisas, embora mais difícil de situar com exatidão e, também, menos intenso…
É – entre outros – exatamente o mesmo da acidental descoberta dos boomerangs que voltam à mão que os arremessou. Dito de outro modo, hoje sou eu a arremessar, amanhã serei eu a levar com ele, pois basta abrir a porta e dar início ao caminho, que ele depois faz-se. Agora estou todo contentinho de…
A liderança tem de ser forte, indubitavelmente, se o quiser ser, e assim tem de ser porque é muito necessária, em agrupamentos de várias naturezas e de várias dimensões
Nem um cartaz ou uma pichagem com a grande doutrina da modernice: como todo o passado é ofensivo, para evitar repetições todo o presente tem de ser opressivo, mesmo que acabe em modo de tragédia ou em modo de farsa.
Coração, cabeça e estômago são, metaforicamente, três das quatro partes do corpo que julgo serem essenciais ao longo de toda a vida de um ser humano.
A rede social é a heteronímia da pessoa comum. Como se cada um fosse e pudesse ser Pessoa com um simples clique.
De um dia para o outro, especialistas nestas coisas da proteção de denunciantes, daqueles que acham que dão uma vista de olhos na Lei em causa, e quando muito olham também para a Diretiva, e já estão aptos para perorar sobre a questão e para aconselhar e assistir as entidades obrigadas nos caminhos que a…
Por Rui Patrício, advogado «Cautela, amigos, com o olho mobilado pelo lugar-comum». Alexandre O’Neill, ‘Olha o Passaroco!’, in Uma Coisa em Forma de Assim Nunca como agora se discutiu (enfim, digamos ‘discutir’, com generosidade conceptual) a justiça no nosso país. Embora raramente a pretexto de uma análise global e profunda da mesma, e quase sempre…
A cada dia que passa uma cidade muda, como uma pessoa também muda, mais a mais quando ocorre tal devastação, com o seu cortejo de ruínas materiais e imateriais. Mesmo que a reconstruam, mesmo que algum dia, porventura, a ponham limpa e direita, a ferida ficará, a lembrança, a dor, a cicatriz.
Com data de 3 de março passado, o nosso Tribunal Constitucional (TC) pronunciou-se (com votos de vencido) no sentido da inconstitucionalidade da norma incriminadora do lenocínio, ou seja, a conduta de quem, profissionalmente ou com intenção lucrativa, fomentar, favorecer ou facilitar o exercício por outra pessoa de prostituição.
Permitam que comece com três apontamentos pessoais, e só depois avance para o tema do título, que pode parecer misterioso, associando dois vultos lendários, Moro e Welles, mas nem tanto, já vão ver.
Parece que há decisões sobre as quais, nas redes sociais, nos meios de comunicação social e/ou noutros fora, se criou um clamor de repulsa relativamente à suspensão das penas