AHP acusa Governo de ter avançado “tarde” com os apoios

A AHP propôs novas medidas ao Governo, entre elas o prolongamento até março de 2022 das moratórias

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) acusou o Governo de ter tardado nas medidas para o setor, embora tenha sido alertado “a tempo” para o apoio “que devia ser dado”.

Raul Martins diz que o prolongamento das moratórias relacionadas com empréstimos bancários até setembro de 202 não é suficiente, acrescentando que, segundo as previsões para a hotelaria, a nível mundial, 2021 “ainda vai ser um ano de prejuízo” e que em setembro as empresas não terão liquidez suficiente para fazer o pagamento das prestações em falta., disse em entrevista à Lusa.

A AHP propôs novas medidas ao Governo, entre elas o prolongamento até março de 2022 das moratórias relacionadas com os pagamentos dos empréstimos bancários que se vençam, bem como com o pagamento dos reembolsos decorrentes dos financiamentos contratados no âmbito do PT2020.

Para Raul Martins, estas medidas não pesam no Orçamento do Estado e permitem aos hoteleiros “uma certa estabilidade nos apoios” até à retoma do setor, que admite não saber quando acontecerá.

Entre outras propostas está, ainda, a anulação do Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) de 2019, que é pago em 2020, uma medida que cabe às câmaras municipais tomar.