este é, aliás, um dos crimes que contrariam a tendência global de descida da criminalidade violenta anunciada esta semana.
muitos destes roubos são cirúrgicos e planeados ao milímetro por gangues altamente organizados, que entram e saem do país após os ataques. o assalto a um banco em évora, esta semana, é disso exemplo: em 20 minutos, uma dupla de encapuzados, com sotaque estrangeiro, sequestrou funcionários, limpou o cofre e a caixa atm e fugiu com 150 mil euros.
a maioria das investidas, porém, é feita por solitários, geralmente afundados em dívidas ou em vícios. no início do ano, a polícia judiciária (pj) deteve o ex-ciclista carlos teixeira, que assaltou duas dezenas de dependências. não tinha cadastro e mantinha uma vida regular e discreta, mas a quantidade de dívidas atirou-o para o mundo do crime.
história idêntica é a de dulce caroço, de 44 anos, detida na semana passada.
ex-proprietária de um cabeleireiro (que faliu após a investida das finanças e da segurança social, que andara a enrolar), a mulher, elegante de modos e aparência, actuava essencialmente na linha de cascais – o que lhe valeu, da parte dos investigadores da unidade nacional contra-terrorismo (unct), o petit nom de ‘tia’. assaltou 12 instituições financeiras em cerca de um ano e meio.
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*com sónia graça