segundo um comunicado enviado à comissão do mercado de valores mobiliários (cmvm), o conselho de administração da brisa reuniu-se hoje e fez uma «primeira análise» do anúncio preliminar da opa, divulgado na quinta-feira.
o conselho de administração decidiu «desencadear os procedimentos internos e proceder à contratação dos consultores legais e financeiros necessários para assegurar o acompanhamento e monitorização da situação, bem como o cumprimento das obrigações que lhe incumbem».
o conselho de administração da concessionária «decidiu ainda, sem prejuízo dos deveres a que está adstrito, adoptar um princípio de neutralidade face à oferta, abstendo-se de implementar medidas que possam frustrar ou facilitar a mesma».
os accionistas da brisa reuniram-se esta manhã em assembleia-geral, mas a opa não constou da agenda, disse aos jornalistas o porta-voz da empresa, franco caruso, no final da reunião.
a opa sobre a brisa foi lançada pelo grupo josé de mello e pela arcus, que oferecem 2,66 euros por acção, num investimento total de 700 milhões de euros.
a josé de mello é a principal accionista da brisa, detendo 30,48 por cento do capital e 33,09 por cento dos direitos de voto, enquanto a arcus european infrastructure fund (aeif apollo) domina 19,09 por cento do capital e 20,72 por cento dos direitos de voto na empresa, sendo o seu segundo maior accionista.
a espanhola abertis é o terceiro maior accionista na concessionária de auto-estradas, com uma participação de 15,01 por cento no capital e com 16,29 por cento dos direitos de voto e, ao lote dos acionistas com participações qualificadas, juntam-se o fundo soberano da noruega (norges bank), com 2,01 por cento do capital e 2,18 por cento dos direitos de voto, e o fundo de pensões dos trabalhadores do estado de new jersey (estados unidos da américa).
na assembleia-geral de hoje, os accionistas da brisa rejeitaram o pagamento de um dividendo de 31 cêntimos por acção.
lusa/sol
