Cascais: 13 polícias acusados de vários crimes sabem hoje se vão a julgamento

Os 13 polícias e mais 17 civis acusados pelo Ministério Público (MP) dos crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de droga, segurança privada ilegal, coação, extorsão e tráfico de armas sabem hoje se vão ou não a julgamento.

a leitura da decisão instrutória do caso em que são arguidos 13 polícias da divisão de cascais entre os quais agentes, chefes e oficiais da psp, e mais 17 civis, está agendada para hoje no 1.º juízo do tribunal de instrução criminal de lisboa, no campus da justiça.

os 13 polícias e mais 17 civis foram acusados pelo mp em maio de 2012 dos crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de droga, segurança privada ilegal, coação, extorsão e tráfico de armas sabem hoje se vão a julgamento.

após ter sido deduzida a acusação, alguns advogados requereram a abertura da instrução e a nulidade de todo o processo. num dos casos, um advogado alegou que o responsável pela investigação “omitiu” que um dos agentes suspeito manteve um relacionamento com a sua mulher.

a nulidade é também pedida, por, supostamente, terem sido “omitidos elementos de prova”, como “escutas relevantes para o apuramento da verdade”.

a leitura da decisão instrutória, na qual a juíza maria antónia andrade vai decidir se os arguidos vão ou não a julgamento, está agendada para as 14:00.

fonte ligada ao processo adiantou à agência lusa que, devido ao elevado número de arguidos e de advogados, a sessão vai realizar-se numa das salas das varas criminais de lisboa, também no campus da justiça.

segundo o despacho de acusação, em data não concretamente apurada, mas há mais de cinco anos, que três dos suspeitos – um chefe e dois agentes -, juntamente com outros colegas e civis, “aproveitaram o facto de serem polícias, para se organizarem, dividirem funções, elaborarem e executarem um esquema para obterem dinheiro com a prática de crimes”.

o mp refere que a alegada rede criminosa “apenas entregava parte do dinheiro e dos estupefacientes apreendidos (cocaína e canábis) à ordem dos processos”, ficando com o restante.

o alegado grupo criminoso tinha “o epicentro na esquadra de investigação criminal de cascais”, e como principal objectivo “o controlo do tráfico de estupefacientes e da segurança privada ilícita na zona de cascais e arredores, assim como de outros crimes dos quais pudessem colher lucros monetários”, salienta a acusação.

lusa/sol