‘Quem é maior pode bater em quem é mais fraco’. Este é o ensinamento que os adultos estão a dar às crianças quando lhes batem para exigir respeito. Mas muitos pais continuam a usar os castigos físicos que eram habituais na sua infância. Outra especialista ouvida pelo Baby Cener, Sal Severe, diz que crianças que levam palmadas muitas vezes se sentem inseguras e têm baixa auto-estima, tornando-se tímidas ou agressivas. Não se deve também dizer que a criança que é ‘feia’quando se porta mal, mas sim que o que está a fazer é ‘feio’. Deve criticar o comportamento, não a personalidade.
Os especialistas apontam por isso estratégias alternativas para lidar com a indisciplina sem ter de bater ou insultar, sempre tendo em conta a idade e maturidade da criança
Deixá-la sozinha
Técnica conhecida como time-out consiste em colocar a criança sozinha num local sem distracções, por exemplo um canto da cozinha, em que durante um período fica a ‘pensar na vida’. A regra mais simples é contar um minuto para cada ano da idade, ou seja, três minutos para as crianças de 3 anos, quatro minutos para as de 4, e assim por diante, tendo e atenção que esta técnica não deve ser usada em crianças com menos de três anos.
Tirar privilégios
Proibir a criança que se portou mal de ver televisão ou brincar com os amigos pode ser um castigo precioso. No entanto, não deve abusar e banalizar esta estratégia, mas sim guardá-la para as situações mais complicadas. Deve também adequar o grau de gravidade do castigo ao do ‘crime’. Se o seu filho ligou a televisão quando disse para estar desligada, pode proibir de a ligar nessa noite, não precisa de o impedir de ver televisão durante semanas.
Corrigir o erro e pedir desculpa
Ensine ao seu filho qual teria sido o comportamento correcto e mostre como pode corrigir o que fez depois de pensar no assunto. Pode por exemplo pagar do seu mealheiro a jarra que acabou de partir. A criança deve pedir desculpa depois de interiorizar o comportamento errado. Mas não se iniba de também pedir desculpa ao seu filho. Pais que se recusam a admitir erros encorajam os filhos a fazerem o mesmo. Se vinha nervoso do emprego e descarregou no seu filho, peça-lhe desculpa.