Espinho arrancou hoje com obras de reforço da defesa da costa em Paramos

A Câmara de Espinho iniciou hoje obras de defesa da costa, entre a capela de Paramos e o esporão sul da cidade, para evitar avanços do mar até às habitações e a eventual inundação da ETAR local.

Em declarações à Lusa, o presidente da autarquia, Pinto Moreira, informou que a intervenção vai abranger uma extensão de 450 metros e já recebeu “luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente”, após o alerta da Câmara quanto à “iminência de um desastre ambiental e humano”.

“Nós alertamos a Agência [Portuguesa do Ambiente] para a calamidade que pode acontecer ali se a água chegar à estação de tratamento de águas residuais, o que iria criar um problema tremendo no saneamento da cidade”, declarou Pinto Moreira.

“A Agência do Ambiente percebeu de imediato a dimensão do perigo e tivemos autorização para avançar rapidamente, com o compromisso de que a obra será paga pelo Ministério do Ambiente”, acrescentou.

Os riscos habitacionais e ambientais devem-se ao facto dos temporais das últimas semanas terem destruído parte do cordão dunar que, em Paramos, garantia alguma protecção às habitações locais e mantinha o mar relativamente afastado da estação de tratamento de águas residuais aí existente.

“Agora, se aquela duna rebentar completamente, a água chega às águas e inunda também a ETAR”, salientou Pinto Moreira.

A intervenção que hoje teve início em Paramos ainda não tem orçamento nem prazo de execução definido. O presidente da Câmara adiantou, contudo, que essa é “uma intervenção a sério, profunda, que envolve muita pedra”, pelo que, se as condições climatéricas se mantiverem favoráveis ao andamento dos trabalhos, as obras “deverão demorar pelo menos três semanas a um mês”.

Lusa/SOL