Hermitage ajuda a reconstruir Palmira

Quando chegou ao anfiteatro romano, onde as câmaras do Estado Islâmico captaram há meses as imagens de crianças a abater soldados sírios com um tiro na nuca, uma equipa de jornalistas que visitou Palmira logo após a tomada da cidade ao grupo terrorista deparou-se com um graffiti pintado a preto. Junto ao logótipo do estado…

Hermitage ajuda a reconstruir Palmira

Mas a ocupação da cidade que é património da UNESCO pelas forças extremistas durou apenas dez meses, tendo terminado há cerca de uma semana. O emblemático anfiteatro foi relativamente poupado, mas outros monumentos, como o Arco do triunfo de Septímio Severo, erguido entre os anos 193 e 211 da nossa Era, foram reduzidos a um monte de pedregulhos. Os templos de Baalshamin e de Bel também sofreram danos consideráveis, assim como a muralha da cidadela, do século XIII.

Nos dias seguintes à tomada da antiga cidade, o Exército localizou cerca de três mil explosivos, que depois levou para longe das ruínas e ali detonados. Um oficial sírio declarou aos jornalistas que os terroristas tinham armadilhado tudo: «árvores, portas e até animais».

Entretanto, a escala da devastação levou o diretor do Museu Hermitage, em S. Petersburgo, a oferecer a sua ajuda para recuperar o conjunto monumental de Palmira. Segundo o Daily Mail, Mikhail Piotrovsky prometeu contribuir com os recursos e perícia do importante museu russo para esta tarefa hercúlea. «Teremos de registar onde cada pedra foi encontrada antes de tomar uma decisão sobre como restaurar estes monumentos».