Listas atrasadas na PSP e na GNR

Associações sindicais pedem maior rapidez ao Governo na entrega das listas de infetados com covid-19 às forças de segurança.

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) solicitou à Direção-Geral da Saúde que faça a atualização diária das listas fornecidas às forças e serviços de segurança dos infetados ou suspeitos de terem contraído covid-19, para a fiscalização nas ruas ser feita com o maior rigor possível. Ao SOL, o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, explicou que, por vezes, as listas chegam com dois dias de atraso. «O que queríamos, mas sabemos que é muito difícil, era ter as listas atualizadas do dia anterior a cada manhã. Sabemos que é difícil, mas achamos que é possível ter as listas da parte da tarde do dia seguinte», começou por dizer, explicando que isso facilitava a forma como atuam perante a população.

«Facilitava-nos bastante, porque deixaríamos de estar a controlar pessoas que ainda estão na lista mas já têm declaração de que podem trabalhar. E acabaríamos também por estar menos sujeitos ao vírus, porque já não é a primeira vez que acontece irmos fazer uma fiscalização com um cidadão que não nos diz nada na primeira fase e só na esquadra acaba por dizer que devia estar em casa, em confinamento. E acabamos por ter três ou quatro polícias que ficam em risco, porque aquela pessoa não estava na lista. Neste caso, ele acabou por assumir mas, não dizendo, é uma situação complicada», confessou.

Além da ASPP, também a Associação dos Profissionais da Guarda (APG) lançou críticas à forma como as listas chegam à Guarda Nacional Republicana (GNR). Segundo a associação, em muitas ocasiões, as listas só chegam à GNR quando as pessoas já vão a meio do confinamento.