‘Missões das Forças Armadas não estão em causa’

O primeiro-ministro afirmou hoje que, apesar das restrições orçamentais, «as missões das Forças Armadas não estão em causa» e adiantou que o submarino Tridente vai em breve participar num exercício nos Estados Unidos.

pedro passos coelho fez estas declarações na base naval de lisboa, no alfeite, depois de ser questionado sobre a manchete do jornal correio da manhã intitulada “combustível caro trava submarino de 500 milhões”, segundo a qual «o aumento do preço dos combustíveis, associado à crise financeira de portugal, está a criar sérias limitações operações operacionais às forças armadas».

o primeiro-ministro começou por referir que as forças armadas não são excepção à «redução de despesa» aplicada no sector do estado e que a marinha estará certamente a fazer «muitas restrições» para «acomodar os seus objectivos orçamentais», mas assegurou que isso está a ser feito «sem pôr em causa a sua missão».

«quero negar que haja, no caso em concreto que foi reportado, alguma restrição em particular, antes pelo contrário. o submarino da classe tridente que foi hoje alvo dessa notícia está até a preparar-se para rumar aos estados unidos e, no âmbito da certificação de que será também objecto, seguirá para um exercício que será desenvolvido justamente pelas forças armadas norte-americanas», afirmou.

«portanto, ao contrário do que foi noticiado, esse vaso de guerra está preparado até para participar muito brevemente em exercícios militares, num reconhecimento externo que muito honra portugal», reforçou.

passos coelho acrescentou que «as missões das forças armadas e da marinha portuguesa não estão em causa».

o primeiro-ministro assegurou que o mesmo acontece «em áreas sociais muito relevantes, em particular da saúde e da segurança social», em que as «restrições» determinadas pelo governo «não põem em causa nem a qualidade dos serviços, nem o essencial das missões e dos objectivos que devem ser prosseguidos».

quanto ao submarino tridente, o chefe do estado-maior da armada, adiantou que está previsto que este saia «para a semana, no dia 25, para uma certificação de um sistema de armas nos estados unidos».

em seguida, «vai participar num exercício também programado, não só para manter as qualificações, mas respondendo a um honroso convite da marinha dos estados unidos para participar nesse exercício» e «está previsto regressar a cerca de 20 de agosto, como programado», concluiu o almirante josé saldanha lopes.

lusa/sol