Oposição a Chavez quer anular acordos petrolíferos com a China

A oposição venezuelana afirmou quarta-feira que os acordos petrolíferos assinados com a China, desde 2007, atentam contra a estabilidade da empresa petrolífera estatal, exigindo uma «severa investigação» e a «nulidade» dos mesmos por alegada inconstitucionalidade.

«exigimos a nulidade dos acordos entre a venezuela e a china, do fundo pesado 1, fundo pesado 2 e fundo de grande volume e financiamento a longo prazo, por constituírem um esquema inconstitucional em que o executivo se apropria de dezenas de milhares de milhões de dólares e porque atentam contra a estabilidade económica de petróleos de venezuela (empresa estatal)», disse o deputado opositor miguel ângel rodríguez.

actualmente estão em curso 137 projectos de desenvolvimento executados através do fundo de financiamento conjunto china-venezuela, constituído em 2007, dos quais fazem parte a construção de habitações sociais e várias linhas férreas por fases de quatro mil milhões de dólares suportados em partes iguais por pequim e caracas, através do fundo nacional de desenvolvimento.

a china concedeu três créditos a caracas, o primeiro deles datado de 2007 de 6.000 milhões de dólares e com data de vencimento em fevereiro de 2012. os outros dois créditos são mais recentes e ascendem a 20.000 milhões de dólares.

numa conferência de imprensa e com alguns documentos na mão, o deputado miguel ângel rodríguez denunciou a existência de «factos contrários à constituição nacional» e que o executivo se teria apropriado de milhares de dólares que estaria a administrar «sem controlo» e fora do tesouro nacional.

indicou que num ponto de conta data de 15 de abril de 2011 o ministro venezuelano da energia e petróleo e também presidente da estatal petróleos da venezuela s.a. (pdvsa), confirma que «os fundos chineses golpearam a estabilidade da pdvsa», constituindo «uma carga financeira muito pesada para a petrolífera».

lusa/sol