Protestos à escala mundial exigem libertação de Ai Weiwei

Protestos contra a detenção de Ai Weiwei decorreram um pouco por todo o mundo, com centenas de manifestantes a concentrarem-se junto às embaixadas chinesas de várias cidades, exigindo a libertação do artista chinês.

centenas de pessoas formaram pequenos aglomerados de protesto em várias embaixadas chinesas por todo o mundo, com registos em cidades como londres, berlim, hong kong e los angeles, avança o the guardian.

ai weiwei encontra-se desaparecido desde 3 de abril, após ter sido detido no aeroporto de pequim. segundo as autoridades chinesas, o artista está a ser investigado por crimes de evasão fiscal, bigamia e difusão de pornografia na internet.

em reacção aos protestos, a irmão do artista, gao ge, duvidou que estes venham a ter algum efeito prático, apesar de considerar que «não vão tornar a situação ainda pior».

a manifestação à escala mundial foi convocada por via das redes sociais do facebook e twitter, e no cerne do protesto estava a analogia a uma das obras mais enigmáticas de ai weiwei: 1001 cadeiras de madeira da dinastia qing, exibida em 2007 na cidade alemã de kassel.

o objectivo era que os vários protestantes se sentassem em cadeiras à porta da embaixada chinesa no seu país.

entre os cerca de 150 que protestaram em berlim estava roger bürgel, um dos responsáveis pela organização do protesto.

«é muito importante que as pessoas percebam que têm o poder de mudar as coisas», idealizou, ao lamentar que «o ocidente é facilmente seduzido pela influência económica chinesa».

uma afluência em números semelhantes foi registada em hong kong, onde uma pessoa foi detida na sequência dos protestos, conta a al jazeera.

o diário the independent foca a ‘filial’ do protesto que decorreu em los angeles.

as cerca de 40 pessoas concentradas na cidade da califórnia uniram-se no protesto pela libertação de weiwei e tim glum, proprietário de uma galeria de arte local, realça que «todo este incidente tem sido uma lição em liberdade de expressão».

resta aguardar para saber se o protesto mundial terá repercussões práticas na evolução do caso de ai weiwei.

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